TRF-4 marca julgamento de recurso final de Lula

As informações são da Agência Brasil

13/04/2018 12:24 / Atualizado em 05/05/2020 10:15

Lula está preso desde sábado, dia 7 de abril
Lula está preso desde sábado, dia 7 de abril - PAULO PINTO

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) marcou para a próxima quarta-feira, dia 18 de abril, o julgamento do recurso final do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os embargos dos embargos de declaração, no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Os embargos dos embargos foram protocolados pela defesa de Lula nesta terça-feira, dia 11, após a prisão do ex-presidente no sábado, dia 7. A decisão foi determinada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que não aguardou o julgamento do novo recurso na segunda instância.

Na ordem de prisão, Moro escreveu que considera que os embargos dos embargos deveriam ser extintos do ordenamento jurídico brasileiro por ter caráter “protelatório”. Segundo o juiz, o objetivo do recurso seria somente o de adiar o cumprimento da pena de 12 e um mês de prisão a qual o ex-presidente foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O embargo de declaração é um tipo de recurso destinado a esclarecer obscuridades e contradições de uma sentença, embora não preveja mudança na decisão final de um julgamento. A defesa, porém, aponta contradições que poderiam, em tese, resultar na absolvição de Lula.

Imagem de Lula nos braços do povo ganhou destaque em todo o mundo
Imagem de Lula nos braços do povo ganhou destaque em todo o mundo - Francisco Proner

Um primeiro embargo de Lula já foi negado por unanimidade no fim do mês passado pela Oitava Turma do TRF4 – composta pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator, Victor Laus e Leandro Paulsen.

No novo embargo, os advogados de Lula argumentam que, no julgamento do primeiro, o relator Gebran Neto caiu em contradição ao reconhecer, em um trecho de seu voto, que a transferência do tríplex para o ex-presidente nunca foi efetivada pela empreiteira OAS, embora em outra parte tenha escrito que a condenação por corrupção passiva ocorreu devido ao recebimento do bem.

Confira o texto na íntegra.

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