Trump diz que haverá resposta ‘desproporcional’ caso Irã ataque
Antes, o presidente norte-americano já havia afirmado que os EUA têm 52 alvos iranianos na mira
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez novas ameaças ao Irã na tarde deste domingo, 5 de janeiro, caso o país persa opte por uma vingança pelo assassinato do general Quassem Soleimani.
Em sua conta no Twitter, Trump disse que pode revidar “talvez de forma desproporcional” se algum americano for atingido pelo Irã.
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“Esses posts servem como uma notificação ao Congresso dos Estados Unidos de que se o Irã atacar qualquer pessoa ou alvo dos EUA, os Estados Unidos vão rapidamente e com toda a força atacar de volta, e talvez de uma maneira desproporcional. Esse aviso legal não é necessário, mas está sendo dado mesmo assim”, escreveu.
Na véspera, Trump havia afirmado que os EUA têm 52 alvos iranianos na mira, “alguns deles de alto nível e grande importância” para o país. Ele enalteceu o poderio militar norte-americano e o investimento de US$ 2 trilhões em equipamentos do setor, e disse que pode atacar o Irã “com mais força do que nunca”.
Quem era Qassem Soleimani, o general iraniano morto pelos EUA
Qassem Soleimani, 62 anos, assassinado na noite desta quinta-feira, 2, num ataque aéreo dos Estados Unidos em aeroporto do Iraque, não era qualquer militar: era o general mais poderoso do Irã, visto como a segunda pessoa mais relevante do país, depois apenas do aiatolá Khamenei, de quem era próximo.
Comandante desde 1998 da Força Al Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, e apontado até como eventual futuro presidente do país persa, Soleimani era o principal estrategista e articulador das parcerias militares com seu país. Já tinha sobrevivido a muitas tentativas de assassinato nos últimos anos.
Segundo a BBC News, no Irã, a popularidade de Soleimani estava em viés de alta: era carismático, reverenciado por muitos, odiado por outros, tema de memes nas redes sociais, tema de reportagens, documentários e até de músicas pop.
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