Trump sugere atirar em manifestantes em Minneapolis, e Twitter inclui alerta

Alerta acontece um dia depois do presidente assinar uma ordem executiva que questiona as leis de proteção às redes sociais

O Twitter voltou a moderar uma mensagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesta sexta-feira, 29, a rede social incluiu um aviso na publicação de Trump sobre os protestos de Minneapolis, alegando que ela “enaltece a violência”.

Na mensagem, Trump sugeriu atirar nos manifestantes para impedir saques na onda de protestos após morte de um homem negro pela polícia local.

Alerta do Twitter acontece um dia depois Trump assinar uma ordem executiva que questiona as leis de proteção às redes sociais
Créditos: reprodução/Twitter
Alerta do Twitter acontece um dia depois Trump assinar uma ordem executiva que questiona as leis de proteção às redes sociais

“Estes BANDIDOS estão desonrando a memória de George Floyd, e eu não deixarei que isso aconteça. Acabei de conversar com o governador Tim Waltz e disse que o Exército está com ele até o fim. Qualquer dificuldade e nós assumiremos o controle, mas quando começam os saques, começam os tiros”, escreveu o presidente.

Após a mensagem gerar indignação dos internautas, o Twitter incluiu o seguinte aviso: “Este tuíte violou as regras do Twitter sobre a glorificação da violência. No entanto, o Twitter decidiu que pode ser do interesse do público que este tuíte continue acessível.

Os violentos protestos em Minneapolis começaram após a divulgação de um vídeo que mostra um policial branco ajoelhado sobre o pescoço de George Floyd, 46 anos, por quase oito minutos, enquanto ele se queixava de que não conseguia respirar. Floyd morreu depois em um hospital.

Ofensiva de Trump

A moderação do Twitter em uma postagem do presidente ocorre um dia após Trump assinar uma ordem executiva que questiona as leis de proteção às redes sociais.

De acordo com o G1, essas normas geralmente evitam que os sites sejam processados por moderarem publicações dos usuários.

O presidente americano afirmou que as empresas não podem ter essa proteção se continuarem a excluir publicações por critérios políticos.

Na última terça-feira, 26, a rede social já havia incluído um aviso de desinformação em posts de Trump sobre a votação nas eleições presidenciais de novembro.

Nas postagens, o presidente americano insinuava que existe fraude no envio das cédulas aos eleitores pelos correios –prática permitido pela legislação do país.