TSE determina retirada de vídeos de Bolsonaro sobre ‘kit gay’
Mais uma fake news disseminada pelo candidato do PSL é barrada
Na guerra das fake news, o candidato à Presidência da República pelo PSL parece levar a pior, pelo menos quando o assunto é a justiça. Nesta segunda-feira, 15, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) determinou a retirada de vídeos do Facebook e do Youtube em que Jair Bolsonaro faz críticas ao livro “Aparelho Sexual e Cia.”, citando-o como se fosse o tal “kit gay“. As informações são do Estadão Conteúdo.
O postulante ao mais alto cargo da república afirma que a obra integraria material a ser distribuído a escolas públicas na época em que seu concorrente Fernando Haddad (PT) comandava o Ministério da Educação.
No vídeo em questão, Bolsonaro se refere ao material como “o livro do PT”, e afirma que ele detém “uma coletânea de absurdos que estimula precocemente as crianças a se interessarem pelo sexo”. No entender do candidato, o livro seria “uma porta aberta para a pedofilia”.
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Em nota, o Ministério da Educação (MEC) já afirmou em diversas oportunidades que não produziu nem adquiriu ou distribuiu “Aparelho Sexual e Cia.”, esclarecendo que o livro é uma publicação da editora Companhia das Letras publicada.
O ministro Carlos Horbach, do TSE, afirmou: “É igualmente notório o fato de que o projeto ‘Escola sem Homofobia’ não chegou a ser executado pelo Ministério da Educação, do que se conclui que não ensejou, de fato, a distribuição do material didático a ele relacionado. Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor”.
KIT GAY NO JORNAL NACIONAL
Em uma entrevista concedida ao Jornal Nacional, da TV Globo, no dia 28 de agosto, Bolsonaro levou o livro “Aparelho Sexual e Cia.” para mostrá-lo aos milhões de telespectadores que acompanhavam o programa.
Dada à repercussão, o jornalista Bruno Molinero, da Folha de S. Paulo, esmiuçou o conteúdo da obra escrita pelo autor suíço Philippe Chappuis – traduzida para mais de dez idiomas e que teve cerca de 1,5 milhão de exemplares vendidos. Chegou ao Brasil pela Companhia das Letras em 2007.
Antes de compartilhar fake news sobre o material, que sequer foi ou será distribuído nas escolas públicas brasileiras, que tal dar uma conferida sobre o que ele realmente aborda? Veja abaixo: