Tumulto em funeral de general iraniano deixa 35 mortos
Ainda não há informações sobre o que causou o tumulto que deixou mais de 200 feridos
Um tumulto durante o funeral do general Qassim Suleimani deixou ao menos 35 mortos e centenas de feridos na cidade de Kerman, no sul do Irã, nesta terça-feira, 7.
Ainda não há informações sobre o que causou o tumulto, ocorrido em meio ao funeral que reuniu centenas de milhares de pessoas nas ruas da cidade natal do general.
Por conta da tragédia, o enterro do general Qassim Suleimani, morto num ataque dos EUA na semana passada no Iraque, foi adiado. A nova data não foi divulgada.
Tensão entre EUA e Irã: veja as últimas notícias sobre o caso
Imagens da TV estatal mostram pessoas caídas no chão, com os rostos cobertos, enquanto equipes de resgate tentavam reanimar outros feridos.
Qassem Soleimani, 62 anos, era comandante da Força Qods da Guarda Revolucionária, responsável pelas operações do Irã no exterior. O general era considerado um herói no país.
Irã pede explicações ao Brasil
No domingo, 5, o governo do Irã convocou o representante do Brasil em Teerã para pedir explicações sobre o posicionamento do governo brasileiro em relação ao ataque americano que matou Qassem Soleimani.
Como o embaixador Rodrigo Azeredo está de férias, quem participou da reunião foi a encarregada de negócios da embaixada, Maria Cristina Lopes. O Itamaraty confirmou a realização da reunião, mas não informou o que foi conversado. O que se sabe, é que na prática diplomática, uma convocação como está é um ato de repreensão.
“A conversa, cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual prática diplomática”, informou o Ministério das Relações Exteriores ao jornal O Globo.
Na sexta-feira, 3, o Itamaraty divulgou uma nota apoiando a ação dos EUA e dando a entender que a diplomacia brasileira considerava Soleimani um terrorista.
“Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo”, diz um trecho do comunicado, intitulado “Acontecimentos no Iraque e luta contra o terrorismo”.