Uma imagem vale por muitas palavras

Por: Catraca Livre

Andando na contramão da maioria das pessoas que pintam e desenham, Alice Freire não nasceu criando formas e imagens, mas sim contando histórias e escrevendo diários.

divulgação
Alice Freire

Ela só começou a pensar em viver dessa arte quando, aos 15 anos, foi trabalhar como assistente da artista plástica Silvia Mecozzi e, no próprio ateliê, iniciou aulas de desenho, pintura e gravura.  Ao mesmo tempo, trabalhava longe dali como vitrinista em lojas da rua Oscar Freire e do Shopping Iguatemi. Depois de alguns anos, foi aperfeiçoar as técnicas e trilhar seu caminho no curso de Artes Plásticas da FAAP.

“A faculdade me deu a oportunidade de passar por diferentes oficinas, conhecer novos materiais para trabalhar arte e testar a sensibilidade de cada linguagem artística”, conta Alice. Todas essas possibilidades fizeram com que ela optasse pelas ilustrações, desenhos e instalações.

Desenvolvendo cada vez mais seu estilo, é possível encontrar diversidade dentro de uma linguagem única.  A série “Labirintos”, por exemplo, retrata os sentimentos confusos da artista em relação à vida – é um universo fantasioso com escadas que sobem e descem em direções opostas, como se não tivessem fim, cobertas por tons de azul, verde, laranja e vermelho.

Já o novo trabalho envolve a sua ligação com a palavra, como se estivesse criando uma história. Alice retrata em suas ilustrações um universo biográfico que nasce  em diferentes dimensões com formas intensas e símbolos fortes. “É como se eu brincasse de construir”, explica.

Hoje, algumas de suas obras fazem parte da galeria virtual Invest.Art (www.invest.art.br). Para complementar faz alguns trabalhos de ilustração como o mural que desenhou para o SESC Santana em cima do livro “O Processo”, de Kafka. Agora prepara uma outra figura para enfeitar as paredes do CineSesc. Mesmo estando no começo da carreira, Alice sabe que contar histórias através de imagens é o que escolheu para viver.

Galeria de imagens: