Vereador que chamou parada gay de ‘imoral’ é preso por estupro

No ano passado, Daniel do Abade (MDB-PA) chamou parada LGBTQi+ de ‘fim do mundo’ e que era um problema as crianças verem tudo aquilo

Um vereador de Curuçá, no nordeste do Pará, foi preso suspeito de estuprar uma adolescente de 15 anos. Daniel Rabelo Silva, 39 anos, do MDB, foi detido em um posto da Polícia Rodoviária Federal na última sexta-feira, 23.

O político foi indiciado por estupro qualificado e teve a prisão preventiva decretada pela Polícia Civil do Pará na semana passada. As informações são do G1.

Vereador que chamou parada gay de ‘imoral’ é preso por estuprar menina
Créditos: Reprodução/Twitter
Vereador que chamou parada gay de ‘imoral’ é preso por estuprar menina

Mais conhecido como Daniel do Abade, o vereador estava sob condicional, mas, segundo a polícia, descumpria os horários de saída e retorno para sua residência.

Ataques homofóbicos

No final do ano passado, Daniel do Abade se envolveu numa polêmica fazer comentários homofóbicos atacando a realização da 2ª edição da Parada LGBTQI+ de Curuçá.

O vereador chamou o evento de o “fim do mundo” e que a “imoralidade deveria ficar entre quatro paredes”. Na publicação, o político também dizia que era um problema as crianças verem tudo aquilo.

vereador
Créditos: Reprodução/Instagram

A publicação foi apagada minutos depois pelo Instagram após denúncia dos internautas. Ele ainda publicou um vídeo na mesma rede social, em que diziz que apenas manifestou sua opinião.

“É direito meu também”, e seguiu com declarações polêmicas. “É absurdo apagarem a postagem de uma pessoa que está ali se manifestando de forma passiva. Eu tenho muitos amigos viados, mas que são viados de verdade, não são vândalos que querem ‘aparecer'”.

Como denunciar casos de abuso infantil e como orientar a criança

Casos como este infelizmente não são raros no Brasil. O Disque 100 recebe milhares de denúncias por ano, mas sabemos que esses dados não estão nem perto da realidade, uma vez que ainda é difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real.

Isso se dá por inúmeros fatores como, por exemplo, pelo preconceito e pelo silêncio das vítimas (que às vezes não entendem o que está acontecendo com elas) e pela “vergonha” e falta de informação sobre o assunto de familiares.

Reconhecer os tipos de abusos e saber orientar as crianças é fundamental. Veja aqui como fazer isso.