Vídeo: Bolsonaristas agridem menores dentro de ônibus em SP

Os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) obrigaram o motorista a parar o veículo para que eles pudessem atacar os adolescentes que estavam indo para a escola

Um grupo de bolsonaristas apedrejaram um ônibus lotado de estudantes, em sua maioria menores de idade, em Jundiaí, interior de São Paulo, na tarde desta quinta-feira, 3, e ainda invadiram o veículo para agredirem os alunos da Etec.

Vídeo: Bolsonaristas agridem menores dentro de ônibus em SP
Créditos: Reprodução/Twitter
Vídeo: Bolsonaristas agridem menores dentro de ônibus em SP

A motivação da truculência com os adolescentes seria apenas por não concordam com o ato antidemocrático a favor do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com um dos alunos, alguns xingamentos foram direcionados à figura do político, e não a qualquer um de seus apoiadores.

Os jovens estavam na linha coletiva Terminal Central-Etec, que vai até onde fica a instituição pública de ensino, quando passaram por um dos atos golpistas encabeçado por bolsonaristas na porta de um quartel.

Eles teriam colocado adereços vermelhos para fora do veículo, feito gestos alusivos a Lula e também xingaram o presidente Jair Bolsonaro. Os extremistas, então, começaram a arremessar pedras no ônibus, estilhaçando janelas, que feriu um aluno de 18 anos.

Em seguida, os bolsonaristas começaram a bater na lataria do veículo, exigindo que o motorista abrisse a porta para que entrassem e agredissem os alunos. Com certa insistência, o motorista liberou o ingresso dos radicais, que então passaram a xingar, ameaçar e a agredir os jovens que estavam no ônibus. Ainda é possível ver nas imagens que policiais militares estão na rua, junto aos fãs de Bolsonaro, mas em momento nenhum eles intervêm a ação criminosa.

Conforme um estudante ouvido pela reportagem da Fórum, os bolsonaristas entraram no ônibus xingando e ameaçando alunos que sequer estavam juntos com os que protestaram contra Bolsonaro.

Na sequência, pegaram um menor de idade pelo braço e tentaram levá-lo para fora à força, para bate-lo, mas acabaram sendo demovidos da ideia por uma mulher, que também seria seguidora do presidente de extrema direita, mas que, naquele momento de violência, ponderou que o “susto” já era o suficiente.

Somente após notaram que um adolescente estava ferido, sangrando muito devido a um ferimento no supercílio, é que um dos policiais militares teria dito a ele que uma ocorrência poderia ser registrada sobre o o que havia acontecido, assim como um exame de corpo de delito.

O aluno entrevistado pela Fórum disse que, se não fosse o senso de unidade dos jovens, o momento poderia ter acabado de forma muito pior. Como estavam em maior número, os alunos não deixaram que os agressores pegassem separadamente algum dos alunos, já que eles conseguiram cercar os radicais.