Vídeo mostra crianças diante do tema ‘desigualdade salarial’

A desigualdade de direitos entre homens e mulheres acontece de diversas maneiras e, quando o assunto é mercado de trabalho, fica evidente. Mulheres recebem salários menores, e não é só no Brasil, mas no mundo todo.

O machismo começa desde muito cedo, ainda na infância, quando meninos e meninas são ensinados que eles são melhores do que elas, que eles têm mais poder e mais direitos do que elas. Mas o que as crianças pensam em relação à desigualdade salarial, por exemplo?

Um vídeo publicado pela página Quebrando o Tabu vem derretendo corações ao mostrar duplas de meninos e meninas introduzidos nesse contexto. As crianças são colocadas diante de bolinhas azuis e rosas espalhadas pelo chão, e são orientadas a colocarem todas elas dentro de dois vidros grandes.

Ao concluírem a tarefa, a pessoa que coordena a atividade pede que eles fechem os olhos para receberem a recompensa, e aí vem a surpresa: para os garotos, um vidro cheio de objetos interessantes. Para as garotas, o vidro pela metade.

No vídeo, as crianças se mostraram inconformadas com a injustiça por meninos serem melhores recompensados que meninas.

As carinhas de espanto mostram a pureza e inocência das crianças, que ficam sem entender porque um ganhou uma recompensa maior do que a outra. E então o adulto explica às garotas: o motivo de você ganhar menos que o amigo é porque você é menina.

“Isso é esquisito”, comenta uma das crianças. “Isso não é legal” e “isso é tão injusto” protestam outras duas. Há ainda um garotinho, que parece ter por volta de cinco anos, que reconhece: “Ela trabalhou tão bem como eu então ela deveria receber a mesma coisa”.

Assim, as crianças entendem o quão negativa é a desigualdade salarial entre homens e mulheres, que acontece em todas as partes do mundo. O vídeo é uma campanha da União do Setor Financeiro da Suécia e, na página do Quebrando o Tabu, já tem mais de 40 mil curtidas e 60 mil compartilhamentos.

O final é ainda mais fofo: os garotinhos decidem então pegar um pouco da recompensa de seus próprios vidros e colocar nos vidros das meninas, dividindo e deixando o volume dos dois, igual. Ah… as crianças!

Nos segundos finais do vídeo, aparece uma mensagem: pagamento desigual é inaceitável aos olhos de uma criança. Por que aceitar isso quando somos adultos? Mulheres no setor financeiro ganham em média 20% menos que os homens. Vamos mudar isso.

Para conferir o vídeo e recarregar as esperanças de um mundo melhor, clique aqui.

  • Desigualdade salarial

O machismo no que se refere às condições salariais e de trabalho existe, e não é exclusividade do Brasil. Por todos os cantos do mundo, homens ganham mais que mulheres simplesmente pelo fato de serem homens.

Uma pesquisa do Wall Street Journal explorou a diferença salarial entre homens e mulheres em 422 profissões nos Estados Unidos. O levantamento concluiu que as mulheres ganham menos que os homens em 439 das 449 ocupações analisadas.

Enquanto isso, o relatório de 2017 do Fórum Econômico Mundial faz uma projeção mostrando que só haverá igualdade salarial entre gêneros daqui a 217 anos. A razão da queda dos índices, segundo o relatório, foi a redução da igualdade do ponto de vista econômico e político.

O machismo e a desigualdade aparecem em países do mundo todo. Uma pesquisa aponta que só haverá igualdade salarial entre gêneros daqui a 217 anos.

Mas nem tudo está perdido, ainda há uma luz no fim do túnel. A Islândia se tornou, este ano, o primeiro país do mundo a criar uma lei que exige a igualdade de salários entre homens e mulheres.

A legislação entrou em vigor em 1° de janeiro de 2018 e torna efetivamente ilegal pagar mais a homens, entre funcionários que exerçam funções semelhantes. Que mais países sigam este exemplo e viabilizem oportunidades e salários iguais para homens e mulheres.

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