Vinicius Freitas, do vôlei de praia, revela ataques homofóbicos
O nome do jogador ganhou as redes sociais recentemente após elogio da cantora Anitta
Vinícius Freitas, 28 anos, que integrou a equipe Olímpica brasileira do vôlei de praia em Tóquio, revelou ter sido alvo de ataques homofóbicos nas redes sociais.
Vinícius, que é gay assumido, voltou ao Brasil esta semana, mas não competiu por medalhas. Ele fez parte da equipe que treinava as duplas Alisson e Álvaro, e Bruno Schmitd e Evandro.
Em entrevista ao jornal carioca Extra, Vinícius Freitas falou sobre a experiência Na Olímpiada de Tóquio e também mostrou as mensagens homofóbicas que tem recebido. “Como podemos nos conformar com a perdição de homens tão lindos”, diz um dos comentários. “Minha filha se transformou nisso aí, aí tem que aceitar porque senão dá merda. Vai dizer que é homofóbico, tartaruga ninja ou cadeirante”, escreveu um internauta.
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Vinicius, que namora o médico Rafael Helmer, afirmou que também tem recebido muitas mensagens de apoio e agradeceu o carinho dos fãs.
“Galera, eu estou bem. Essas mensagens ruins não chegam perto do tanto de mensagens bos que recebi. Fiquem tranquilos”, finalizou.
Recentemente o nome de Vinícius Freitas viralizou nas redes sociais após Anitta elogiar a beleza dele.
Homofobia é crime!
Desde junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo. Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).