Websérie #Urbano: conheça novas formas de recriar as cidades

Por: Keila Baraçal
Parklet é um nojo jeito de ocupar o espaço em SP

A websérie #Urbano, promovida pela Natura e Catraca Livre, percorreu as ruas do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco para conhecer os artistas urbanos que utilizam a cidade como plataforma para realizar seus trabalhos. Nesta segunda edição, os protagonistas são Bruna Pedrosa, do Praias do Capibaripe em Recife; Lincoln Paiva, criador dos Parklets em São Paulo e Alander Braz Especie, idealizador dos Balanços no Rio de Janeiro.

Agora a websérie explora formas de reinventar a cidade e criar novos significados. No Rio Alander faz uma intervenção para as pessoas desacelerarem no seu dia a dia; no Recife a Bruna nos conta como o coletivo que faz parte, Praias do Capibaripe, reinventa a relação com o rio mais importante da cidade, e em São Paulo o Lincoln  mostra sua iniciativa para criar uma cidade mais democrática. Confira.

SP

Os “parklets” foram criados em São Francisco, nos Estados Unidos, e surgiram como forma de converter o espaço de estacionamento de automóvel na via pública em área recreativa temporária. A ideia, em São Paulo, apareceu como um projeto para estimular a discussão das cidades para as pessoas e o uso do solo com equidade.

“Nós conseguimos transformar uma ocupação do espaço em política pública”, comemora Lincoln Paiva, presidente do Instituto Mobilidade Verde. Lincoln é também Presidente da Green Mobility e do Instituto Mobilidade Verde e membro da SLOCAT ( Sustainable Low Carbon Transport) coordenado pela ONU.

O Coletivo Praias do Capibaribe é um grupo de cidadãos reunidos em prol da melhoria da qualidade socioambiental da vida urbana por meio da vivência dos espaços públicos às margens de água. Nasceu da necessidade de promover vivências e resgatar o convívio da população pernambucana com o Rio Capibaribe e suas margens, através das artes.

“O desejo de ocupar os espaços públicos da cidade, às margens de águas como rios, praias e lagoas, somado à sensibilização socioambiental por uma melhor qualidade de vida urbana e às ações artístico-culturais é o que mobiliza o coletivo”, explica  uma das idealizadoras do projeto, Bruna Pedrosa.

Bruna é recifense de 32 anos. É graduada em Licenciatura em Educação Artística/Artes Plásticas e pós-graduada em Ensino de História das Artes e das Religiões (UFRPE, 2007). Atua ainda  nas áreas de produção cultural e curadoria desde 2006. Como gestora pública foi diretora do Museu Murillo La Greca de 2011 a 2013 e atualmente desempenha a função de Coordenadora de Artes Visuais da Fundação Joaquim Nabuco.

Rio

Já o Projeto Balança tem o  conceito de ocupar locais públicos e questionar o frenesi urbano, partindo do conceito de que as pessoas vivem no imediatismo. Quem cuida do projeto é Alander Braz Espécie, de 38 anos – artista visual. A ideia é ter um projeto itinerante, de modo que, periodicamente, o balanço seja instalado em regiões diferentes do Rio de Janeiro. O usuário usar a peça de forma gratuita

“Poder contribuir de forma filantrópica nas comunidades ou nas ruas levando essa peça lúdica é maravilhoso. Cada um tem a reflexão e  relação  com o balanço. É um resgate a infância”, explica o idealizador. Alander já recebeu prêmios no Salão Design Brasil e participou de diversas exposições, entre elas, no Museu Histórico Nacional.