WhatsApp extingue 100 mil por uso irregular; PF abre inquérito
Empresários teriam pago campanha no aplicativo, o que é proibido
O aplicativo WhatsApp anunciou que extinguiu 100 mil usuários no Brasil nesta semana para evitar o uso irregular do aplicativo por meio de notícias falsas e spam. A Polícia Federal, por sua vez, instaurou um inquérito neste sábado (20) para apurar a disseminação, por empresas, de mensagens em massa relativas à disputa presidencial.
Um dos filhos do presidenciável Jair Bolsonaro, Flávio, teve a conta suspensa. As informações são da Folha de S.Paulo, que, na quinta-feira (18), revelou o eventual financiamento de uma campanha contra o PT por empresas.
Uma delas é a varejista Havan, com pacotes de disparo de mensagens em massa. Esse tipo de financiamento é proibido pela legislação eleitoral.
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu o inquérito à Polícia Federal. A informação foi confirmada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que determinou a instauração da investigação. Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu investigação sobre o caso.
A Folha monitorou 123 grupos, com mais de 10 mil usuários desde setembro, para acompanhar núcleos de disseminação de conteúdos feitos por apoiadores do deputado federal para a Presidência. Se a ação é voluntária e se as pessoas que estão nos grupos são adicionadas com consentimento, não há irregularidade.
Também aumenta o número de grupos favoráveis ao candidato à Presidência Fernando Haddad (PT), nos quais eleitores dizem que foram adicionados sem permissão. Segundo o partido, os grupos não foram criados por ninguém ligado ao PT.
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