Colunista da Folha lembra Bolsonaro das 423 mortes na ditadura
A ditadura que não houve, segundo o presidente Jair Bolsonaro, torturou 20 mil pessoas e matou ou fez desaparecer pelo menos 423 pessoas”, diz o jornalista Clóvis Rossi, em sua coluna na Folha de hoje.
“É claro que os hidrófobos do bolsonarismo e os viúvos/viúvas da ditadura dirão que a CNV (Comissão Nacional da Verdade) foi um complô de comunistas para desmoralizar o regime militar. É típico desse tipo de gente. Afinal, até hoje há quem negue que tenha havido o Holocausto”, diz o texto.
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A coluna é uma resposta Clóvis Rossi de sobre a determinação de Bolsonaro para que as Forças Armadas comemorem o golpe de 1964, no próximo dia 31 de março.
Usando dados do relatório final do CNV, o jornalista lembra que das 423 mortes, 180 foram por execução sumária e ilegal ou decorrentes de tortura, perpetradas por agentes a serviço do Estado.
Se é isso que se quer comemorar a 31 de março, trata-se de um insulto à civilização. Já se é para “relembrar”, conforme a nova palavra de ordem, o único que cabe é reconhecer os crimes e pedir perdão.