GloboNews: por que ministro da Educação será demitido
O que muitos esperavam aconteceu, segundo informação agora à noite da jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews – essa enquete acima foi feita hoje pela Catraca Livre.
Jair Bolsonaro nega, porém, que vá demitir o ministro.
- Nova Lei do FGTS promete saque imediato para trabalhadores
- PUC-RS tem vagas em 40 cursos gratuitos com certificado
- Saque-aniversário do FGTS será pago em abril; saiba sacar benefício
- Autorizada a retirada de até R$ 8 mil com fim do saque do FGTS
Especialmente depois que o ministro perdeu apoio de seu padrinho, o filósofo Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro.
Sem contar sua incapacidade de lidar com os conflitos no Ministério da Educação.
Para completar, ele também não tinha apoio do núcleo militar em torno de Bolsonaro.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, foi demitido do cargo.
A informação foi divulgada pela jornalista Eliane Cantanhêde na Globo News há pouco.
“Bolsonaro decidiu demitir o ministro da Educação, Velez Rodrigues. Os motivos são óbvios”, disse ela pelo Twitter.
Vélez Rodriguez disse hoje que não tinha disposição de deixar o cargo.
Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro foi duramente criticado por parlamentares que consideraram as respostas vagas e pela falta de clareza na apresentação de programas da pasta.
“Muitos pediram para eu sair, mas não vou sair. Por que é um passeio às ilhas gregas? Não. O cargo é um abacaxi do tamanho de um bonde. Mas topei o convite porque quero devolver ao meu País o que ele fez por mim”, disse Vélez.
Ministério da Educação virou um caos interminável.
Um ministro que não manda.
Quando manda, faz bobagem como mandar mensagem aos alunos com um slogan de campanha de Bolsonaro.
Ou atacar Cazuza com uma Fake News e chamar brasileiros que viajam ao Exterior de canibais.
Ou chamar jornalista de agente da KGB.
Na prática, nem tempos um plano da educação.
Nem um Ministério da Educação, tantas são as mudanças em prazo tão curto.
Um fato apressou hoje a demissão.
Incompetente e sem controle emocional – é assim que Marcus Vinicius Rodrigues, demitido do Ministério da Educação, classificou o ministro Ricardo Vélez Rodrigues.
Ele foi demitido do Inep, responsável, entre outras coisas, pelo exame do Enem.
Motivo:a portaria suspendendo a avaliação da alfabetização.
A decisão tem ampla repercussão. Foi revogada no dia seguinte.
Mas, segundo Marcus, o motivo foi apenas um pretexto.
O pedido de suspensão foi feito, segundo ele, pelo do secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, muito próximo a Vélez.
Ou seja, o ministro deveria, na sua opinião, saber da decisão.
Trecho da entrevista ao O Globo:
O senhor acha então que a demissão foi um ato injusto para dar uma satisfação em meio à polêmica?
A minha demissão não foi uma injustiça. Foi um ato de incompetência gerencial de um ministro que não tem poder de gestão, não tem controle emocional para dirigir a Educação do Brasil. Pesou o fato de eu ser ligado à ala militar; de ser amigo do grande profissional que é o (Antonio Flávio) Testa (sociólogo que trabalhou desde a campanha e foi dispensado por Veléz durante a transição após um desentendimento). E pesou o fato de termos um modelo de gestão aplicada no Inep muito destoante do que vem sendo aplicado no MEC.
O ministro tem competência para ocupar o cargo atual?
É uma pessoa do bem, tem boa vontade. Mas o ministro Ricardo é gerencialmente incompetente. Ele não tem conhecimento de gestão, além de não ser um educador. Isso faz com que ele não consiga gerenciar o dia a dia em um governo tão importante, que está tentando recuperar o Brasil.