Vergonha não são os brasileiros ilegais, mas Eduardo Bolsonaro

Já morei nos Estados Unidos duas vezes – e, claro, conheci muitos imigrantes ilegais, entre eles brasileiros.
A imensa maioria deles são homens e mulheres amantes de seu país.
Mas tiveram de ir embora porque fugiam de guerras, fome e desemprego.
Trabalham duro: aceitam atividades que os americanos não aceitam.
Para eles, não existe domingo. Nem férias.
São respeitadores da lei.
Investem na educação dos filhos.
O dinheiro que sobra ( quando sobra), mandam para a família.
Quando os filhos desses ilegais crescem, viram engenheiros, médicos, advogados, cientistas, artistas.
É o que explica, em parte, a grande dos Estados Unidos: a forma empreendedora e inovadora dos imigrantes.
Como é possível achar que gente assim, como fez Eduardo Bolsonaro, é uma vergonha?
Concordo plenamente com as críticas de Silas Malafaia

Eduardo, segundo ele, “ajudaria muito mais ao governo do seu pai, parando de falar asneira”. “Poderia ter ficado de boca fechada na questão dos imigrantes ilegais brasileiros. Não conhece a realidade da questão. A maioria, quase que absoluta , vai para trabalhar”, disse Malafaia.

É uma vergonha um deputado, filho de um presidente da República, estar mais antenado com o discurso de um xenófobo como Donald Trump do que com seus conterrâneos.