Arquitetos colombianos constroem prédios de lixo

A indústria da construção é uma das atividades mais poluidoras no mundo. Tentando reverter esse estigma, alguns arquitetos e empreendedores têm construído com o subproduto das nossas atividades do dia-a-dia: o lixo.

A técnica vem se difundindo por lá por ser resistente aos terremotos, apresentar excelente proteção térmica e acústica e custar barato

Nas montanhas da Colômbia, longe de grandes centros urbanos, uma comunidade construiu uma escola de 15 m² com paredes feitas por 2.400 garrafas plásticas armadas numa estrutura de madeira e cobertas por cimento. É uma técnica que vem se difundindo por lá por ser resistente aos terremotos, apresentar excelente proteção térmica e acústica e custar barato (uma construção desse tamanho custa em média R$1.500, já com piso e telhado).

Esse tipo de experiência já se espalha por todo o mundo. Na Alemanha, o escritório de arquitetura Datz e Datz construiu uma agência de propaganda com fardos de papel reciclado e estudantes da Universidade de Auburn fizeram uma casa com sobras de carpete. Na Argentina uma família construiu sua casa de campo, e os móveis dentro dela, com garrafas PET e a batizou de “Casa das Garrafas”, enquanto em Sidney, na Austrália, você pode se hospedar num charmoso hostel feito de lata.

Clara Caldeira

Por Clara Caldeira

Jornalista, escritora e pesquisadora, especialista em gênero e meio ambiente. Apaixonada por literatura e pelas artes oraculares, está sempre em busca de formas de conectar seus estudos e suas paixões.