As 5 melhores ‘desculpinhas’ para não incluir mulheres em games

O ano é 2014. A Ubisoft tem o poder para recriar de forma precisa e em um mapa gigantesco a arquitetura e a atmosfera da revolução francesa para o seu jogo “Assassin’s Creed: Unity”. Mas um detalhe está além do alcance de sua tecnologia: mulheres. Personagens mulheres são difíceis demais de animar.

Veja abaixo um top five de motivos tão duvidosos para não incluir personagens femininos nos videogames que chegam a ser humor inadvertido.

1. Mulheres são difíceis de animar

 

A desculpinha da Ubisoft para não incluir um personagem feminino jogável no seu time de bros de assassinos foi tão esfarrapada que virou piada na internet, com a hashtag #womenaretoohardtoanimate (mulheres são difíceis de animar) repercutindo nas redes sociais.

De lá pra cá, a Ubisoft mostrou um esforço maior em incluir mulheres em seus jogos. “Assassin’s Creed: Syndicate” tem personagens femininos (devidamente animados!) junto dos homens, e boa parte do game pode ser jogado com uma mulher, Evie Frye.

2. Uma Link feminina iria “destruir o equilíbrio do Triforce”

 

A Nintendo apelou para motivos místicos para justificar porque seu protagonista da série Zelda jamais poderia ser uma mulher. O primeiro trailer do aguardado “The Legend of Zelda: Breath of the Wild” trazia um Link um tanto andrógino, levando alguns fãs a comemorarem que poderia ser uma mulher. O que seria possível, já que a série passa por diferentes eras, sendo Link o título que os identifica e não o mesmo protagonista.

Mas para o produtor Eiji Aonuma, isso iria mexer com o “equilibrio do Triforce”, os triângulos de poder do game. “O Triforce consiste em Zelda, o vilão Ganon e Link. Zelda é mulher e se o Link se tornasse mulher isso destruiria o equilíbrio do Triforce”. Ceeerto.

3. Meninos não acreditariam em soldados mulheres

 

Em “Battlefield 1”, aguardado novo jogo em primeira pessoa da Electronic Arts ambientado na Primeira Guerra Mundial, o jogador pode saltar de aviões enquanto usa um lança foguetes para incendiar um zepelin, mas aparentemente soldados mulheres é abstração demais para a cabeça dos gamers.

O modo singleplayer do jogo terá mulheres, segundo os desenvolvedores, mas não o multiplayer. O desenvolvedor Amandine Coget justificou a exclusão dizendo que o público masculino do game não acharia “crível” ter soldados mulheres no game. Talvez eles não achem a história crível, já que batalhões de mulheres existiram no conflito no front russo.

4. “Dá muito trabalho”

 

“Far Cry 4”, também da Ubisoft, não possui personagens femininos jogáveis. Pouco após o imbroglio de “Assassin’s Creed Unity”, o diretor do game, Alex Hutchinson, disse que eles “queriam muito”, mas que dava muito trabalho incluir mulheres no multiplayer do game.

Ou seja, simplesmente não era prioridade e preferiram evitar a fadiga.

5. “Um game só com homens é mais acessível”

 

O aguardado “Final Fantasy XV” promete uma road trip de amigos em uma terra fantástica na popular franquia de RPGs. E foi pensando na acessibilidade dos jogadores, veja você, que a Square Enix decidiu não incluir mulheres no clube do bolinha da viagem.

Hajime Tabata, diretor do game, disse que um grupo apenas de homens é mais acessível aos jogadores porque “na presença de uma mulher eles mudam o seu comportamento”. “Para que eles sejam sinceros e honestos, achamos que eles devem ser todos do mesmo sexo.” Então tá.

Via Techinsider.