Festival reconquista espaço para produções cinematográficas. Assista trechos de filmes participantes

21/02/2014 17:07 / Atualizado em 07/05/2020 10:23

Luiz Borges tem expectativas positivas em relação à continuidade do Festival
Luiz Borges tem expectativas positivas em relação à continuidade do Festival

Em clima de conquista pela retomada de suas atividades, o Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, Cinemato, inicia sua programação em 2014 com a expectativa de se firmar no calendário anual de eventos culturais da cidade.

Como explica o idealizador do evento, o cineasta Luiz Borges, a volta das atividades do Cinemato, após um intervalo de dois anos por falta de verba, gera uma esperança muito grande por propiciar um ambiente de estímulo à produção local. “No passado, em Mato Grosso, por um determinado período, inúmeros filmes se perderam. Com o Cinemato existe a possibilidade de fomento e da retomada da produção”, afirma Borges.

Além de promover e incentivar as produções cinematográficas, o Festival também tenta mostrar ao mundo os valores de Cuiabá. “O evento é uma chance de apresentar um Mato Grosso diferente, um Mato Grosso moderno, assim como é o cinema”, enfatiza o cineasta.

Para mais informações sobre a programação do Cinemato, visite o site oficial do evento.

Mostras competitivas

Mostras competitivas

A 19ª edição do Cinemato conta com uma extensa grade de atividades, como seminários, mostra de vídeo itinerante, workshops, oficinas e lançamentos de livros. Na programação, 34 filmes ganham exibição durante os sete dias de evento, que segue até dia 26 de fevereiro. Desse total, 14 filmes de Mato Grosso foram selecionados para a competição, sendo que 12 se dividem em duas mostras.

Entre as produções que fazem parte da mostra competitiva de curtas nacionais, competem “Irigaray”, de João Carlos Manteufel Junior; “3,60” e “Le Mur”, de Severino Neto; “Meditacion”, de Matteo Bianchi; “Far Nordeste”, de Dewis Caldas e André Santos; “Babu 78”, de Paulo Wagner e “Paraizoo”, de Amaury Tangará.

Já para a mostra de curtas mato-grossenses foram selecionados “Poesia, Café e Sonho com Juliano Moreno”, de Paulo Wagner; “Denilson B. Boy”, de Diego Pessoas; “VI Encontro Indígena – Museu de Pré-História Casa Dom Aquino” e “UHE Sinop x Assentamento 12 de Outubro”, ambos de Thiago Foresti, além de “A Volta dos Que Já Foram”, de Julia Reichert.

Representação mato-grossense

Representação mato-grossense

O Festival realiza apresentações de longas e curtas-metragens, de gêneros em documentário, animação e ficção, oriundos de todo o Brasil. Tendo inclusive dois filmes produzidos na Itália por equipes mato-grossenses, o “Meditacion”, do diretor italiano Matteo Bianchi, e o “Far Nordeste”.

Este último, dos diretores Dewis Caldas e André Santos. Natural do Maranhão, Dewis reside atualmente em Cuiabá e desde 2010 se dedica ao cinema. Em quase três anos e meio de atividades produziu 14 filmes, fato que confirma o aumento nas produções locais.

“Este Festival tem 19 anos de realizações e volta num momento de ebulição da produção de vídeos em Cuiabá. Estar aqui é a concretização de um ciclo que se iniciou para mim em 2010 e marca o início de uma nova fase na minha vida”, comenta Dewis Caldas.

Confira abaixo making off do filme “Far Nordeste”, que concorre pela mostra de curtas nacionais no Festival:

O Cinemato e a cinebiografia de Ney Matogrosso

Janela para o Cinema

Importantes por levar o filme ao público, os festivais funcionam como uma janela para o cinema do Brasil. Por este motivo, o incentivo às atividades voltadas para a sétima arte torna-se ação relevante para a cultura brasileira.

O diretor de cinema, Joel Pizzini, que acompanha o Cinemato desde a sua primeira edição, foi convidado a participar desta retomada do Festival. “Morei em Cuiabá, já filmei aqui e acompanho de perto as ações do Cinemato. Participar desta edição tem um sabor especial, porque tenho uma ligação com o Mato Grosso”, explica Pizzini. “Vim prestigiar o evento por acreditar na importância do Festival”, completa.

Pizzini traz para o Cinemato a cinebiografia de Ney Matogrosso, o documentário “Olho Nu”. A produção usa uma linguagem própria, construída a partir de um conjunto de imagens de diversas épocas, reunidas com a ajuda do próprio artista.

Veja abaixo também um trecho do documentário de Joel Pizzini:

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