Graffiti Digital: artista pinta intervenções em fotografias como quem pinta um muro

A ideia é recriar uma narrativa em cima do que o fotógrafo clicou

Lucas Levitan tem 36 anos e há 7 vive em Londres. Ganha a vida trabalhando com publicidade, mas transita por meios artísticos diversos. Quando pode, realiza trabalhos como ilustrador, artista plástico e cineasta. “Uma coisa que une todas as minhas paixões é o desenho”, explica. “E como a fotografia permeia muito o meu trabalho decidi ‘cruzar’ as duas”, completa.

A ideia é criar uma nova narrativa a partir do olhar do fotógrafo

E foi assim que Levitan criou o projeto Photo Invasion: “Pensei em pedir permissão, mas ai perde-se a surpresa e tudo se torna muito formal e sério”. O artista explicou que seu trabalho funciona como fazer graffitti num muro e por isso ele gosta de chamá-lo de graffiti digital. “Pego imagens de fotógrafos e as transformo”.

A ideia é começar um desenho com uma historia iniciada por outra pessoa. É como uma parceria informal. Cria-se uma nova narrativa a partir da original, como numa composição em dupla. “Tento sempre respeitar o trabalho do fotógrafo e o bom resultado depende da relação entre desenho e foto”, conta o artista.

Clara Caldeira

Por Clara Caldeira

Jornalista, escritora e pesquisadora, especialista em gênero e meio ambiente. Apaixonada por literatura e pelas artes oraculares, está sempre em busca de formas de conectar seus estudos e suas paixões.