No sudão impressora 3D barateia próteses para amputados da guerra
A ideia é que os próprios sudaneses sejam treinados para operar a impressora
A ONG californiana Not Impossible desenvolveu um projeto para baratear e agilizar o processo de confecção de próteses para sudaneses que perderam membros do corpo na guerra. O grupo contatou engenheiros e protéticos experientes com o intuito de desenvolver soluções open source.
A ideia era que tudo fosse feito de maneira livre e aberta. O objetivo era que os próprios sudaneses operassem o laboratório, reduzindo os custos e o tempo da produção. A iniciativa deu certo. Seis horas e 100 dólares são o suficiente para que as próteses fiquem prontas.
O projeto foi inspirado pela história de Daniel Omar, 14, que perdeu as duas mãos quando foi atingido por um bombardeio enquanto cuidava das vacas das família, e recebeu seu nome, em homenagem.
A ideia é que a iniciativa seja levada também para outros países. Daniel foi um dos primeiros a serem treinados para continuar o trabalho no Sudão depois que o grupo deixasse a região. Outros sudaneses também foram recrutados e treinados para seguir dando próteses aos afetados pelos bombardeios que ocorrem no país há quase 50 anos.
Por Clara Caldeira
Jornalista, escritora e pesquisadora, especialista em gênero e meio ambiente. Apaixonada por literatura e pelas artes oraculares, está sempre em busca de formas de conectar seus estudos e suas paixões.