Saiba quais são as consequências para a sociedade quando uma empresa vira “dona” de um espaço público

02/09/2014 16:53 / Atualizado em 04/05/2020 14:51

Nesta quarta-feira, dia 3, a equipe do Arquitetura da Gentrificação, projeto de jornalismo da ONG Repórter Brasil financiado coletivamente, se reúne para realizar um debate em São Paulo sobre a privatização do espaço público. O objetivo é discutir os processos de apropriação das ruas e praças por empresas e os impactos dessa ação nos moradores e trabalhadores, especialmente para aqueles que se encontram em situação de rua, como catadores e ambulantes.

O debate “Privatização do espaço público: é possível resistir à ‘venda” da cidade?” contará com a participação de Beatriz Kara José (arquiteta e urbanista), Celina Marra (Fórum dos Ambulantes de São Paulo), Geilson Sampaio (assistente social no Escritório Modelo D. Paulo Evaristo Arns, da PUC-SP) e Padre Julio Lancellotti (Pastoral do Povo de Rua).

O evento, que tem entrada gratuita, acontecerá no auditório da Matilha Cultural, das 20h às 22h. Para quem não puder comparecer, o debate será transmitido ao vivo pelo link http://youtu.be/jv7c6oNF8-I.

Coletivamente

A Fan Fest, organizada pela Fifa durante a Copa, é o exemplo escolhido pelo projeto para explicar o que é a privatização do espaço público. Clique na imagem para ampliar.
A Fan Fest, organizada pela Fifa durante a Copa, é o exemplo escolhido pelo projeto para explicar o que é a privatização do espaço público. Clique na imagem para ampliar.

O evento faz parte da campanha de divulgação da segunda fase do projeto Arquitetura da Gentrificação, que está em campanha na plataforma de financiamento coletivo Catarse até 1º de outubro.

Em 2013, a equipe mapeou divulgou o processo de gentrificação da região central de São Paulo, com o encarecimento de preços e a expulsão de moradores das áreas mais ricas da cidade. Agora, a sua segunda fase pretende “esmiuçar como se dá a privatização do espaço público, um processo no qual gestores públicos, por meio de grandes eventos e projetos urbanísticos, tiram a cidade das mãos dos seus moradores e a colocam a serviço de corporações”.

Segundo o texto da campanha, “quando a cidade é privatizada, os preços sobem, a violência policial aumenta, a liberdade dá lugar à vigilância e todos são afetados, inclusive você. Uma cidade privatizada só funciona para quem está disposto a pagar muito para viver nela.”