Shunga: a arte sensual japonesa do século 17
Corrente artística revela hábitos e costumes do início da vida moderna e urbana do país

Apesar da riqueza das pinturas e xilogravuras em madeira, esse sub-gênero foi esquecido, banido e incompreendido nos estudos da história da arte do Japão por abordar o sexo de maneira explicita. Por anos, foi considerada arte marginal, uma espécie de pornografia medieval.
Os livretos e desenhos eram feitos por artistas de Ukiyo-e, pois conseguiam vender as obras com temática sensual com mais facilidade.

A maioria das pinturas retratam aventuras sensuais de pessoas comuns, trabalhadores, donas de casa, artesãos e fazendeiros.
As histórias têm temáticas diferentes: homens seduzindo mulheres, mulheres seduzindo homens, traição e idades distintas, de virgens à idosos. Também existem trabalhos com temática homossexual e de masturbação, mas são mais raros.
Na maioria dos desenhos as pessoas aparecem vestidas. Na época, era comum ver outras pessoas peladas em banhos públicos e as roupas ajudavam a definir os personagens e dar valor estético às obras.
Os desenhos também têm posições impressionantes e as genitálias são exageradas e expressivas. Confira uma série de gravuras e pinturas do movimento Shunga, retirada da exposição do Honolulu Art Museum, do Havaí.