“Sintoniza lá”: BNegão e os seletores de todas as frequências
Quando cantava “Se correr o guarda prende, se ficar o banco toma”, através do “raprocknrollpsicodeliahardcoreragga” do Planet Hemp, BNegão sugeria aos “brasileiros pós-ditadura” a descriminalização como parte da solução para a violência policial e injustiça social.
Antes de estar preparado para isso, já se aventurava em ironia pelo som indigesto do “The Funky Fuckers” que, misturava o verdadeiro funk carioca com o rap genuíno. O resultado era: “Insatisfação total provoca a guerra que me encerra, prisão aberta do dia-a-dia.”
Passou pelo eletro funk do Turbo Trio e depois incluiu o samba, o groove e o soul, inaugurando sua parceria com o Seletores de Frequência. Lançou em 2003 o memorável “Enxugando o Gelo”, o que lhe rendeu, em 2004, o prêmio Orilaxé de melhor vocalista de canção negra, concedido pela ONG carioca Grupo Cultural Afro-Reggae.
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E por falar em afro sonoridades, o grupo lançou, há pouco, o segundo disco intitulado “Sintoniza lá”, priorizando a “frequência de alta qualidade”, que você ouve aqui. Como sempre, é um álbum mais eclético que nunca, variando do reggae na faixa Reação (Panella II) até o rock pesado de seu “Subconsciente”.
Bernardo, vulgo BNegão, ainda acha que é pouco. Recentemente aderiu também ao dub e lançou o projeto BNegão Sound System, que se apresentou na praça Julio Prestes durante a Virada Cultural 2012.
Confira o primeiro clipe do álbum