Um site que reúne, através do Twitter, falantes de línguas ameaçadas de extinção. Esse é o Indigenous Tweets, projeto lançado recentemente pelo norte-americano Kevin Scannell, diretor de Ciência da Computação da Universidade Saint Louis, nos Estados Unidos.

Scannell explica o porquê da iniciativa em seu blog: “Falantes de línguas indígenas e minoritárias em todo o mundo estão lutando para manter suas culturas vivas. Usando a web como ferramenta, cada vez mais grupos se comunicam em seu idioma nativo nas mídias sociais”. Com o auxílio do Indigenous Tweets, acredita o pesquisador, é possível desmistificar a ideia de que apenas línguas de influência global como inglês e francês têm lugar no universo online.

Segundo a National Geographic, a cada duas semanas uma língua morre, e com ela desaparece um rico conhecimento sobre sua história e cultura. Em 2100, é previsto que mais da metade das 7 mil línguas existentes, muitas delas ainda não registradas, podem desaparecer.

De acordo com o ranking do site, os maiores tuiteiros entre as 54 línguas que o software identifica se comunicam em creoulo haitiano (Kreyòl Ayisyen) e basco (Euskara), com mais de 3 mil contas cada um. Fresian (Frysk) e galês (Cymraeg) também são populares, com aproximadamente 2 mil usuários. Mas esses números ainda não refletem a variedade presente nas redes sociais. Ainda segundo Scannell, um robô varredor de web para as idiomas minoritários encontrou 500 línguas atualmente usadas no Twitter.

Se seu idioma nativo não fizer parte parte do programa, você também pode colaborar. Basta visitar o blog do Indigenous Tweets e informar o nome do idioma (em inglês e na língua de origem), junto com uma lista de usuários do Twitter com quem você conversa e todos serão adicionados ao site.