Bolsonaro aposta no caos e prepara armadilha aos estudantes
O fato concreto e visível, sem nenhuma teoria da conspiração: Jair Bolsonaro está deliberamente provocando os estudantes e estimulando suas manifestações.
É uma aposta no caos. Motivo? Simples: ele quer arrumar um inimigo nas ruas imaginando que, assim, vai manter seus eleitores.
Prova? Está aí para todos verem. Em vez de acalmar, ele acirra os ânimos. Voltou a provocar neste sábado, 18. Disse que aquelas manifestações de rua são de “movimento do pessoalzinho aí que eu cortei verba”, “uma minoria que manda na escola” e que “nem sabe o que vai fazer na rua”.
- Após levar bomba da polícia, bolsonarista diz que ‘comunismo já entrou no Brasil’
- Veja como foi o debate do 2º turno entre Lula e Bolsonaro na Globo
- Yudi Tamashiro culpa Lula por assalto no governo Bolsonaro e vira chacota
- Deputado bolsonarista diz que universitários merecem ser queimados vivos
Repetiu que eles são “idiotas úteis”. Afirmou que o “pessoal” dele esteve na rua e constatou que “a molecada” nem sabia o que estava fazendo em meios aos protestos.
Com isso, Bolsonaro provoca ódio — e ódio gera radicalização. Os estudantes e professores devem responder com uma lição de civilidade e maturidade. Não devem entrar nesse jogo.
Melhor coisa é debochar com elegância e mostrar a importância da educação, revelando o melhor de nossa produção acadêmica.
A imagem de provocar é o pior que pode acontecer para Bolsonaro: assim, ele se mostra um baderneiro. Mais: não deixar que os partidos, qualquer partido, tentem tirar proveito nas manifestações — é exatamente isso que ele quer.