Bolsonaro corre risco de ser desmoralizado pelos amigos militares
O pior que pode acontecer com Jair Bolsonaro é a reforma das aposentadorias não ser aprovada no Congresso – o que levaria a um monumental impacto econômico negativo.
Ou, se passar sem tirar privilégios, abalar o prestígio do presidente.
Quem mais no momento ameaça Jair Bolsonaro são seus colegas de farda: os militares resistem à reforma da previdência, alegando que seriam uma categoria especial.
Mas a equipe econômica insiste que os militares não deveriam ser exceção.
A leitura de uma reportagem do Estadão hoje mostra como o assunto certamente vai ser explorado contra o governo Bolsonaro. Destaco um trecho.
Militares da reserva e reformados das Forças Armadas ganham em média, por mês, R$ 13,7 mil de benefício. O gasto médio com os pensionistas militares foi de R$ 12,1 mil. Aposentados e pensionistas civis da União custaram R$ 9 mil mensais em 2018, enquanto no INSS, o benefício médio é de R$ 1,8 mil mensais.
Imagine essa informação disseminada nas redes sociais.
Certamente o presidente vai aparecer como alguém que “prejudica” os mais pobres e beneficia justamente seu grupo de amigos.
Se é preciso ou não, é outro problema.
Bolsonaro sabe que, na guerra das redes sociais, precisão é o que menos importa.