Dallagnol tenta ‘esconder’ que fez mestrado em Harvard
Enquanto algumas “celebridades” do meio político turbinam seus currículos com cursos em instituições prestigiadas, como Harvard, que nunca chegaram a fazer, o procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol que esconder,
De acordo com a coluna Radar, da “Veja”, Dallagnol retirou de seu perfil no Twitter a informação de que é mestre em direito pela mesma universidade americana.
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Porém, na plataforma Lattes ainda consta a informação que ele concluiu nos Estados Unidos um LLM, curso de pós-graduação, que foi revalidado como mestrado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná).
Outros casos
Esta semana reportagem do “O Globo” revelou que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também mentiram sobre o histórico acadêmico.
O ex-juiz federal incluiu no currículo Lattes –plataforma em que profissionais listam seus feitos ao longo da carreira—uma pós-graduação em Harvard, uma das mais prestigiadas universidades do mundo.
De acordo com reportagem do “O Globo”, Witzel teria feito um curso conhecido como “sanduíche”, quando o aluno faz parte do doutorado numa instituição de ensino internacional parceira da universidade em que estuda.
“No caso do governador do Rio, um pedaço da pós-graduação em “judicialização da política” que ele cumpre na Universidade Federal Fluminense, desde 2015, teria sido feito no campus de Cambridge, no estado de Massachusetts, nos EUA. Mas, o problema é que isso nunca aconteceu”, diz o texto.
Em nota ao “Globo”, a UFF disse que o “governador nunca sequer manifestou interesse em participar da seleção. Apenas dois alunos matriculados na mesma pós-graduação de Witzel foram para lá. É preciso se candidatar e passar por pelo crivo da universidade para obter a bolsa, que é financiada pelo governo brasileiro”.
Também em nota, a assessoria de Witzel “confirmou que o governador não estudou em Harvard. A informação, segundo a nota, constava na plataforma Lattes porque o governador tinha a intenção de estudar na universidade americana durante um ano quando ainda era juiz federal, mas o objetivo nunca foi à frente”.
Virou moda
Turbinar currículos parece ter virado moda no Brasil nos últimos anos. O caso mais recente é da química Joana D’Arc Félix de Souza, 55 anos, cuja história de superação deve até virar um filme.
Reportagem do “Estadão” revelou que a professora, vinda de família pobre do interior paulista, dizia ter conseguido fazer pós-doutorado na Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do mundo. Seu diploma, porém, é falso. Ao jornal, Joana D’Arc reconheceu o problema.
O site da revista “Veja SP” mostrou que Joana D’Arc não foi a primeira a ter mentido sobre sua formação e listou alguns casos recentes, como de alguns ministros do governo Bolsonaro –Damares Alves (Família), Ricardo Salles (Meio-Ambiente) e Abraham Weintraub (Educação)–, da ex-presidente Dilma Rousseff e da empreendedora Bel Pesce.