Dimenstein: escolha de Bolsonaro para Educação merece aplausos
Foi uma escolha correta para o Ministério da Educação – e merece aplausos.
Isso se a escolha não cair até amanhã diante das pressões de parlamentares evangélicos e de Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro.
Para quem como eu temia que entregassem o cargo para alguém que coloca evolucionismo no mesmo plano do criacionismo, atacasse o “Kit Gay” (que nunca existiu) ou um defensor do besteirol da Escola Sem Partido, é um grande alívio a escolha de Mozart Neves.
É um nome técnico e limpo.
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Foi reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), secretário de Educação de Pernambuco (2003-2006) e presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação). Foi presidente executivo do Todos Pela Educação (2007-2010). É diretor do Instituto Ayrton Senna.
É alguém que conhece a realidade da educação com profundidade, sabe como funciona o setor público, mas também o universo da sociedade civil.
Agora vamos ver como ele lida com a pressão da seita “Messias Bolsonaro”, que gostaria de converter o Ministério da Educação numa pregação religiosa.
Ainda temos de esperar até amanhã para ver se não será mais um recuo de Bolsonaro.