Dimenstein: Folha mostra como Bolsonaro fez de Eduardo um escândalo
Bolsonaro usa presidente do Senado para emplacar o filho Eduardo na embaixada em Washington
Mesmo que Jair Bolsonaro consiga vencer e emplacar o filho na embaixada dos Estados Unidos sairá perdendo –e feio.
Reportagem publicada nesta segunda-feira, 16, na Folha mostra que o esforço desesperado para evitar a derrota está produzindo um escândalo com dinheiro público via cargos e emendas parlamentes.
Será o embaixador mais caro da história do Brasil.
Trecho da notícia da Folha:
Segundo dirigentes de partidos ouvidos pelo Painel, o presidente do Senado tem feito conversas individuais com senadores do centrão. Nesses encontros, explica que a indicação de Eduardo tornou-se questão central para o governo e indaga sobre demandas que poderiam ser levadas ao Planalto.
Mais um trecho:
“O Planalto deu ‘todos os instrumentos’ para que o presidente da Casa possa negociar com as bancadas. Ao contrário do que houve na Câmara, a liberação de cargos não está condicionada à reforma da Previdência. Com os senadores, as conversas giram em torno de votos a favor do 03.
Traduzindo: o pior da “velha política” e apenas para proteger um filho que, como sabemos, está despreparado para o cargo.
Seu suposta único atributo seria proximidade com Donaldo Trump.
Mas, segundo as pesquisas, sua reeleição é cada vez mais incerta.
Bolsonaro conseguiu contrariar seus próprios eleitores, segundo Datafolha: 70% não apoiam a ideia de fazer o filho embaixador.
Soa (e é) nepotismo.
Para completar, um nepotismo que vai custar uma fortuna em recursos públicos justamente quando o governo tira dinheiro de uma série de segmentos importantes como saúde, educação e segurança.