Dimenstein: Bolsonaro tem um inimigo muito pior do que Mourão
Jair Bolsonaro está convencido de que existe uma conspiração para derrubá-lo, fortalecendo o vice Mourão.
Mourão até pode estar de olho na cadeira de Bolsonaro.
Mas ele tem pouca importância.
Diria até: nenhuma.
O que vai derrubar Bolsonaro é o desemprego, que está crescendo.
Contra o desemprego não há tuíte que salve.
Nem ficar criando brigas com comunistas imaginários, artistas esquerdistas e imorais, universidades tomadas pelo marxismo cultural.
São asneiras que se desfazem diante das filas de desempregados.
O que elege ou deixar de eleger um presidente é a crise econômica.
Dilma Rousseff não teria sofrido impeachment se a economia estivesse bem.
Há sinais de que o crescimento desse ano será menor do que o previsto.
Fala-se até em recessão.
O que, em parte, é explicado pela fragilidade política do presidente, que consegue se desgastar apenas por conta própria.
Como se sabe, boa parte dos eleitorado que votou em Bolsonaro não queria o PT, associado a corrupção e crise econômica.
O que as pessoas esperam é, em essência, mais dinheiro no bolso.
Por isso, Mourão é apenas um detalhe.