Dimenstein: piores inimigos de Bolsonaro estão no Palácio do Planalto
O 'gabinete do ódio' é liderado por Carlos Bolsonaro
Jair Bolsonaro adora ver inimigos por todos os lados –e sempre os usa para culpar alguém por seus erros.
A verdade, porém, é que os piores inimigos estão muito próximos –mais precisamente no Palácio do Planalto.
Mais precisamente no terceiro andar do Palácio do Planalto.
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Eles são responsáveis por parte da queda da popularidade de Bolsonaro -=inclusive em seu nicho.
Já está claro que o estilo de confronto de Bolsonaro não está funcionando.
Pelo contrário.
Só passa a imagem de um governante destemperado e não confiável.
Quem ajuda a operar esse estilo é o chamado “Gabinete do Ódio”, instalado no Planalto.
São jovens trazidos da campanha por Carlos Bolsonaro, convencidos de que a beligerância seria a melhor coisa para deixar o presidente conectado ao seu público.
Eles não apenas comandam as redes sociais, mas influenciam nos gestos e falas de Bolsonaro.
Esse estilo está ajudando a alimentar uma oposição à direita, como João Dória.
Além de trazer desgaste mundial do Brasil, apavorando empresários.
Foi no gabinete do ódio que se estimulou as grosserias contra Macron, presidente francês.
Dali nascem frituras como Santos Cruz e Gustavo Bebiannno –e, mais recentemente, Sérgio Moro.
Alguém com um mínimo de raciocínio não consegue ver que a ruptura com Moro seria uma tragédia para a imagem presidencial?
O “gabinete do ódio” atira primeiro, pergunta depois.
Diante dos erros que desgastam o presidente, Carlos Bolsonaro tem uma explicação: a culpa é da democracia, que dificulta a tomada de decisões.