Entenda a baixaria entre Paulo Guedes e os deputados
Principal destaque do Canal Meio foi o atrito entre Paulo Guedes e os deputados durante seu depoimento na Câmara.
Mostrou, mais uma vez, a fragilidade do Governo Bolsonaro no Congresso.
https://www.youtube.com/watch?v=Dsrql0EdCxw
Foi, desde o início, tensa a sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em que o ministro da Economia Paulo Guedes foi recebido para falar aos deputados sobre a reforma da Previdência. “Gastamos R$ 700 bilhões com a Previdência, nosso passado, e R$ 70 bilhões com a educação, nosso futuro”, afirmou o ministro na síntese que fez de como enxerga a crise. Na semana passada, Guedes já havia faltado, temendo que não seria protegido por deputados aliados.
Ontem, ocorreu o mesmo. Foi provocado inúmeras vezes, respondeu com destempero — e de confusão em confusão falou por mais de seis horas.
Terminou em bate-boca. “O senhor é tigrão quando é com os aposentados, com os idososos, com os portadores de necessidades”, disparou Zeca Dirceu, filho de José Dirceu, do PT. “Mas é tchutchuca quando mexe com a turma mais privilegiada do nosso país.”
Perante a provocação, Guedes foi em cima. “Não vim aqui para ser desrespeitado, não. Tchutchuca é a mãe, é a avó, respeita as pessoas.
Isso é ofensa. Respeito quem me respeita.”
Sem conseguir conter os ânimos ou segurar a exaustão, o presidente da comissão, Felipe Francischini, encerrou os trabalhos.
Guedes foi exposto, em grande parte, por inexperiência de parlamentares do PSL, que deveriam ter exigido que perguntas de deputados de oposição fossem intercaladas com as da situação. (Folha)
Valdo Cruz:
“O presidente Jair Bolsonaro receberá nesta quinta, individualmente, presidentes de seis partidos para tentar montar um novo modelo de articulação política e conseguir o apoio das legendas à agenda do governo, incluindo a proposta de reforma da Previdência. Ou seja, um novo modelo de articulação política deve ser discutido com os presidentes de DEM, PSDB, MDB, PRB, PSD e PP. Entre aliados, a especulação é que o governo pode propor, por exemplo, dar a deputados e senadores a possibilidade de apadrinharem programas e obras nos estados e nos municípios. Ou seja, eles seriam levados a eventos de lançamento de programas e obras, e anunciados como responsáveis diretos.”