Estadão: Carlos Bolsonaro levou pai à capitulação pública
De acordo com o jornal, "filho mais ativo do presidente tratou de criar a primeira fissura importante no casco da popularidade do pai"
Às vésperas de enfrentar sua principal batalha, a da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro vê a primeira fissura importante no casco da sua popularidade com o episódio envolvendo seu filho Carlos e o ex-ministro Gustavo Bebianno, que caiu ontem.
A jornalista Vera Magalhães escreveu no “Estado” que o filho mais ativo do presidente forçou o pai “a uma capitulação pública em vídeo para evitar (ou tentar) que Bebianno falasse o que viu no tempo em que foi um aliado da família”.
“O vídeo em que, visivelmente constrangido, Bolsonaro fala nada com nada a respeito da saída de seu secretário-geral da Presidência e diz que “tem de reconhecer” a dedicação, o empenho, o esforço, o comprometimento (só faltou falar dos belos olhos) de um de seus apoiadores de primeira hora é uma confissão pública de que o presidente tem o que temer”, escreveu a jornalista.
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Segundo ela, o caso Bebianno “corroeu parte da credibilidade do pai junto aos militares, que se assustaram com a presença tóxica da família em assuntos de Estados, escancarou o telhado de vidro do clã com o que Bebianno pode saber e queimou todo o seu próprio crédito logo na primeira mesada como filho do presidente”.