A troca de farpas entre a jornalista Rachel Sheherazade e o deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (22).

O parlamentar da bancada evangélica e um dos líderes do governo Bolsonaro na Câmara, Feliciano respondeu a críticas da apresentadora do SBT e defendeu o de impeachment do vice-presidente Hamilton Mourão.

Segundo Feliciano, a medida tem como objetivo assegurar “a estabilidade das instituições e as reformas estruturais”.

Em nota enviada à Folha, o parlamentar disse que “bem se percebe a falta de cultura jurídica da referida jornalista, que afirmou que a ‘curtida’ dada pelo vice-presidente na sua postagem seria um ‘nada jurídico’. Ora, qualquer aluno do primeiro ano do curso de direito bem sabe que o objeto da ciência jurídica é justamente a conduta humana, inclusive em redes sociais”.

Feliciano também contestou a afirmação de Rachel Sheherazade de que os cidadãos não pagam o salário do deputado para ele “ser vigia de redes sociais”.

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O político disse que estava, sim, fazendo jus ao seu salário, “visto ser missão constitucional dos parlamentares a fiscalização dos atos do Poder Executivo”.

Em entrevista à Folha, Rachel Sheherazade afirmou que o “pedido de impeachment não tem respaldo político nem legal. Segundo a jornalista, não passa de mais um factoide para agitar militância, criando uma falaciosa conspiração do vice”.

Rachel foi envolvida no caso porque Feliciano usou como base para pedir o impeachment o fato de o vice ter curtido uma mensagem dela no Twitter com conteúdo elogioso a si próprio e crítico ao presidente Jair Bolsonaro.