Por formação profissional, os militares tem um especial apreço à disciplina e planejamento.

Afinal, sem disciplina e planejamento ninguém vence uma guerra.

Daí a irritação dos principais generais do Palácio do Planalto com o clima de desordem do governo, segundo reportagem de Igor Gielow, da Folha

Dois motivos: 1) a filhocracia ( a influência dos filhos); 2) falta de articulação no Congresso.

Os generais já expressam seu desconforto: os generais da reserva e ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo (Defesa) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo).

Já há muito tempo eles reclamam da excessiva intromissão dos filhos – o que cresceu ainda mais com o caso Bebianno e o papel de Carlos como atiçador de conflito.

A crise ficou aguda com o vazamento de áudio das conversas do presidente.

Esse vazamento revela uma enorme vulnerabilidade para qualquer governo.

Trecho da reportagem da Folha

O fato de o presidente estar exposto e, pior, a possibilidade de haver gravações de fato comprometedoras, é considerado um desastre.

Por fim, a falta de coordenação do governo com o Congresso – e já tomando suas primeiras derrotas – incomoda os generais por criar um ambiente de risco de ingovernabilidade.