Sakamoto: Bolsonaro luta a favor da desigualdade social
Ao negar aumento real do salário mínimo em 2020, o governo Jair Bolsonaro dá um passo para ampliar a desigualdade social no país. A afirmação é do jornalista Leonardo Salamoto.
“A diferença significa uns dois quilos de patinho moído a mais – dependendo do açougue – ou menos de dez passagens de ônibus em São Paulo. Se a equipe econômica tivesse seguido a valorização do mínimo vigente há 15 anos teria incluído também o equivalente a um quilo de arroz, um de feijão preto e um sabonete. Mas não fez isso em nome da saúde de nossa economia”, escreveu em seu blog no UOL.
Segundo Sakamoto, “Bolsonaro coloca uma pá de cal na política que considerava a inflação do ano anterior e a variação do PIB de dois anos antes – o que levou a um aumento no seu poder de compra e a melhoria na qualidade de vida de milhões de pessoas”.
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“Se você não depende do mínimo, pode estar pensando que muito barulho está sendo feito por R$ 11, que é a diferença provável caso a fórmula antiga valesse”, diz.
“A defesa de uma política de valorização real do mínimo não é contra a responsabilidade fiscal, tampouco insinua que os favoráveis a restringir o aumento à correção monetária fazem isso por ‘maldade’. Mas abandonar a política usando como justificativa a crise econômica é negar coletes salva-vidas melhores para a turma que não tem e não terá acesso aos botes porque estava na terceira classe quando um iceberg bateu no casco do navio”.