Ministro vê Bolsonaro entre a ‘cruz e a espada’ com caminhoneiros
Para o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, o governo Bolsonaro está “entre a cruz e a espada” na negociação com os caminhoneiros, “entre uma decisão política que pode evitar uma paralisação do transporte de cargas no país e o limite econômico”.
A categoria declarou greve para o próximo dia 29 de abril.
Em entrevista ao “Globo”, o ministro reconhece problemas da categoria mas diz que todos têm de fazer sacrifícios
- Ministra de Bolsonaro deixa o PL após ser flagrada abraçando Lula
- Lula reforça compromisso contra a fome e alfineta Bolsonaro em discurso
- Como os presidenciáveis brasileiros opinaram sobre a guerra na Ucrânia
- O que é o Conselho da República citado por Bolsonaro nas manifestações
“O governo precisa entender os segmentos sociais, no caso um segmento importante que é o de transporte de cargas, mas o setor também tem de entender a conjuntura em que vive, que não é isolada da conjuntura nacional. Toda essa carga de sacrifícios tem que ser da responsabilidade de todos”, disse ele.
Santos Cruz também afirmou que os limites do governo são matemáticos. “Não tenho os números todos na minha cabeça, mas o 0,1% que você mexe no valor de frete, no valor do combustível, acaba tendo um impacto. O resumo de tudo isso é matemático. Agora, as decisões também são políticas. E o governo fica sempre entre a decisão política e o limite econômico, está sempre entre a cruz e a espada. Falar em paralisação tem que ser feito com muita responsabilidade. Ninguém é contra a liberdade de expressão, de associação, isso é fundamental. Os sindicatos existentes, a dinâmica, o jogo de pressão, é assim que funciona um país. A democracia funciona assim, mas é preciso ter responsabilidade.”