7 mentiras contadas aos consumidores na hora de obter crédito

29/03/2018 17:58 / Atualizado em 05/05/2020 10:09

Na hora de obter crédito algumas mentiras são contadas aos consumidores
Na hora de obter crédito algumas mentiras são contadas aos consumidores - Getty Images/iStockphoto

Em todos os dias do ano, não só no Dia da Mentira, é muito comum que bancos e instituições financeiras não comuniquem ao consumidor todas as informações que envolvem um pedido de empréstimo: custo final do crédito, comprometimento de renda, e por aí vai. Mas essas informações são muito mais importantes do que se pensa e não se dar conta delas pode levar a pessoa a um ciclo sem fim de dívidas.

Neste 1º de abril, a plataforma de crédito on-line Just, selecionou as sete mentiras mais contadas no mercado sobre crédito – e também a verdade por trás delas. Confira e não se deixe enganar:

1) A taxa de juros com pegadinha

Quando você conversa sobre concessão de crédito com o banco, muitas vezes a instituição mostra taxas de juros que parecem um ótimo negócio. Mas é preciso estar atento! A taxa de juros não é a única tarifa a ser paga em um empréstimo.

É preciso prestar atenção no Custo Efetivo Total (CET), o custo final que o consumidor irá arcar, já incluindo taxa de juros e taxas e encargos que comporão as parcelas. As instituições financeiras são obrigadas a revelar todos os encargos para quem procura o crédito, mas muitas vezes os bancos fazem isso através das famosas letras miúdas em anúncios e contratos. Por isso, fique atento a todas as tarifas e não se deixe enganar pela pegadinha da taxa de juros.

2) A parcela que cabe no bolso

Um dos motivos para alguém procurar crédito é estar cheio de dívidas e não ter reservas financeiras para utilizar. na hora que a necessidade aperta. Nos momentos de desespero, tudo o que queremos ouvir é que poderemos resolver o problema da forma menos dolorosa possível.

No caso dos empréstimos, o apelo costuma ser pelas parcelas acessíveis, que o consumidor consegue pagar sem comprometer o orçamento. No entanto, antes de fazer um empréstimo é  fundamental analisar a taxa de juros.  Isto porque ela determina diretamente o valor da dívida total. As parcelas podem parecer pequenas, mas não adianta se no final você estiver pagando um valor muitas vezes mais alto. Aí a dívida só aumenta. 

3) O dinheiro do cheque especial na conta

Quem tem cheque especial, sabe que ao checar o saldo da conta corrente, é comum ter a falsa impressão de que há mais dinheiro do que o salário. Isso porque em alguns bancos o valor disponível no cheque especial fica ali juntinho do saldo, o que dá essa ilusão de possuir mais dinheiro do que se tem de fato. O que muita gente não percebe é que o cheque especial também é uma concessão de crédito – a segunda mais cara do Brasil. Vale lembrar: o dinheiro que está lá não é seu, é do banco.

4) O limite do cartão reflete a capacidade de pagamento

Quem nunca sonhou com um cartão de crédito ilimitado? Um cartão com limite alto parece luxo, mas na verdade pode ser uma grande cilada. O aumento involuntário do limite pelos bancos dá a falsa sensação de ter uma alta capacidade de compra, mas nem sempre essa concessão de fato avalia a real capacidade de pagar do consumidor. Não se engane: seu salário continua o mesmo independentemente do limite que o banco te der.

5) Concentrar todos os serviços no mesmo banco aumenta o score

O score de crédito é fundamental para ter o pedido de crédito aprovado. Essa pontuação avalia se a pessoa é uma boa pagadora com base na análise de registros no SPC e Serasa, idade, renda, histórico de pagamento de contas e outros dados. Costuma-se dizer que uma pessoa que mantém todas as operações bancárias na mesma instituição teria um perfil mais confiável.

Mas, com o Cadastro Positivo, o consumidor pode autorizar outros bancos a ver seu histórico como cliente. Ou seja, as instituições têm maior visibilidade do seu perfil e conseguem oferecer taxas mais baratas caso a pessoa seja uma boa pagadora. Concentrar serviços em um mesmo banco aumenta o relacionamento somente com aquela instituição, o que pode se traduzir em taxas mais baratas e maior crédito, mas no score o que é importante mesmo é a instituição onde a pessoa vai pedir empréstimo ter visibilidade do histórico.

6) O crédito vai permitir viagens

Sempre vale lembrar: o empréstimo é indicado, entre outras razões, para as pessoas que estão endividadas em linhas caras, que querem abrir um negócio ou até mesmo realizar um sonho muito bem planejado, como uma reforma da casa.

Não é raro, porém, o consumidor ouvir o argumento de que com o empréstimo ou o maior limite do cheque especial será possível viajar mais. O problema é quando a conta chega. Para gastos com estilo de vida, como é o caso de viagens, o indicado é se planejar para pagar à vista e parcelado o custo. Pagar juros para realizar compras supérfluas nunca valerá a pena para o bolso do consumidor.

7) É possível parcelar em mais vezes

Quando a instituição parcela o empréstimo em mais vezes, o consumidor não está barateando a dívida, mas apenas alongando o pagamento. No crédito, quanto antes a pessoa conseguir liquidar a pendência, melhor. Isso significa menos juros dentro das parcelas. Por mais que o longo parcelamento seja um argumento para convencer o consumidor a contratar a oferta, é importante estar atento ao tamanho total da dívida e não só das parcelas.


Fica a dica: lembre-se de calcular o frete para avaliar se o desconto está realmente valendo a pena, e de conferir se as ofertas estão mais baratas do que em outras lojas usando o Melhor Preço.


Leia também: