Festas compartilhadas: o que seu filho pode aprender com elas?

26/10/2016 18:31

Economia colaborativa, bazar de mães empreendedoras, brechotecas infantis, feiras de trocas de brinquedo. Tudo isso converge para um mesmo ponto: as famílias querem (e precisam) gastar o mínimo possível e oferecer às crianças experiências mais focadas na convivência entre as pessoas.

Quando o assunto é aniversário de criança, não seria diferente. Para quem tem mais de um filho, ou mesmo um só com muitos amiguinhos, a agenda do mês acaba sendo preenchida só de eventos para os pequenos. Para otimizar esse tempo, incrementar a experiência e, claro, economizar, muitas mães estão aderindo às festas compartilhadas.

Os ganhos de uma festa de aniversário compartilhada vai muito além da economia.  
Os ganhos de uma festa de aniversário compartilhada vai muito além da economia.  

Consumo consciente

A ideia é mais do que simples: basta reunir os aniversariantes do mês e reunir todos em uma celebração só. Longe de anular a individualidade de cada criança, a iniciativa celebra valores como coletividade e empatia e fortalece os laços afetivos entre os pequenos, que terão memórias compartilhadas para relembrar por toda a vida.

Em texto publicado no blog Maternar sobre o assunto, a jornalista Fabiana Futema explica que a ideia reduz o orçamento da comemoração em cerca de 200%. “Com o compartilhamento, uma festa que custaria cerca de R$ 8.000, por exemplo, acaba saindo R$ 2.000 por família”.

A dica para se aventurar nessa proposta é reunir os pequenos aniversariantes e propor uma brincadeira-reunião para definir quais os desejos de cada um para a festa. Depois, é só encontrar um ponto de encontro possível entre as ideias e organizar a celebração.

Se o objetivo é a diversão das crianças com os amigos, faz diferença quem vai soprar a velinha? Festas compartilhadas desenvolvem a noção de coletividade e fortalecem vínculos afetivos.
Se o objetivo é a diversão das crianças com os amigos, faz diferença quem vai soprar a velinha? Festas compartilhadas desenvolvem a noção de coletividade e fortalecem vínculos afetivos.

Incentivando a ‘cultura do compartilhar’ desde a infância

A empresária Andrea Wulkan faz festas compartilhadas para o filho David há três anos, e explica em entrevista ao Maternar que os ganhos vão muito além da economia. “Você ensina ao seu filho a dividir e a celebrar com outras pessoas e que o importante é curtir. Meu filho não quer mais fazer sozinho. Vivemos um período de muito consumo, modismo desenfreado e egocentrismo. Meus filhos entenderam que o prazer não está na festa luxuosa e sim em dividir e comemorar a vida com quem gostamos.”

A conclusão das mães que já aderiram ao novo jeito de festejar é uma só: o que as crianças querem é se divertir com os amigos, e para isso, não faz diferença se a festa é compartilhada ou individual. E, se uma simples comemoração de aniversário, puder ser uma lição de empatia e coletividade, melhor para todo mundo.

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