Plataforma ajuda usuário a ganhar dinheiro com aluguel de objetos

Por: Silvia Melo

Mala de viagem, lentes para câmeras, furadeira, vestido de festa e até drone. Seja lá o que você tiver, dá para fazer dinheiro com isso.  A ideia é dos sócios Rafael Dias e Junior Datena, criadores da plataforma Alooga, que reúne uma série de anúncios de diferentes objetos. Os valores das diárias variam entre R$5 a R$350.

Enquanto o locador fatura dividindo com os outros aquilo que não usa com tanta frequência, o locatário tem a vantagem de ter o benefício de certo produto por um período determinado sem a necessidade de compra.

“Sou sócio de uma produtora de vídeo e já alugava os equipamentos da empresa para outras produtoras e profissionais da área. Em um período de dificuldades e incertezas, quando estávamos quase desacreditando do projeto, o Junior levantou a questão: por que alugar apenas equipamentos de foto e vídeo se podemos alugar tudo? Foi então que idealizamos o Alooga”, conta Rafael Dias.

Os sócios Junior Datena e Rafael Dias, criadores do Alooga
Os sócios Junior Datena e Rafael Dias, criadores do Alooga

Ao escolher o que quer alugar, o locatário faz o pagamento online, com cartão de crédito. A cobrança só é feita quando a locação é concluída e os envolvidos avaliados.  O Alooga fornece um contrato, mas se isenta de qualquer dano ao objeto.

O dono do objeto tem direito de escolher para quem e quando alugar o bem anunciado. Por sua vez, o site garante que todos os perfis de usuários cadastrados são verificados para dar segurança ao locador. Os anúncios são gratuitos, mas o locador paga uma taxa de 15% por transação. “Nossa perspectiva, além de lucrar com o modelo de negócio de marketplace, onde ganhamos em cada transação realizada, é tornar a prática do consumo cada vez mais consciente”, conclui Rafael Dias.

Veja a entrevista completa com Rafael Dias:

1. Qual a profissão de vocês?

Nos formamos em Comunicação Social, eu em Rádio e TV (Centro Universitário Belas Artes de São Paulo) e o Junior em Publicidade e Propaganda (FAAP). Sou sócio de uma produtora de vídeos e o Junior de uma agência de publicidade.

2. Como surgiu a ideia da plataforma?

O Alooga surgiu da percepção de que o modo de consumo está mudando a passos largos. O mundo está mudando rápido e as pessoas estão se adaptando a essas mudanças sociais, políticas, econômicas e até mesmo climáticas. As pessoas já alugam quarto, casa, carro, bicicleta, etc. Sou sócio de uma produtora de vídeo e já alugava os equipamentos da empresa para outras produtoras e profissionais da área. A idéia surgiu daí, criar uma plataforma de locação de equipamentos de foto e vídeo. Começamos o desenvolvimento da startup e no meio do caminho tivemos que mudar o rumo. Em um período de dificuldades e incertezas, quando estávamos quase desacreditando do projeto, o Junior levantou a questão: por que alugar apenas equipamentos de foto e vídeo se podemos alugar tudo? Foi então que idealizamos o Alooga e em um período de 5 meses colocamos a plataforma em funcionamento. Sempre trabalhando a todo o vapor, com vontade e empolgação (que todo empreendedor deve ter) para fazer a diferença na forma de consumo no Brasil.

3. Quantos usuários ela reúne hoje?

Hoje contamos com mais de 300 cadastros. Esse número vem crescendo a cada dia e estamos animados como ritmo que o negócio está tomando.

4. Qual foi o investimento inicial?

Os investimentos estão por volta dos R$ 100mil. Como estamos no começo das operações e construindo a comunidade ainda estamos com mais gastos do que lucro. Por ser uma startup sabemos que teremos um longo período dessa forma, sempre fazendo novos investimentos antes de começar a lucrar de fato, e estamos preparados para isso.

5. Existem muitas startups surfando na onda do consumo consciente e economia compartilhada. Vocês acreditam que essa é uma tendência de negócios?

Acreditamos que o consumo colaborativo veio para ficar. Já é uma realidade no mundo todo e vem crescendo com força no Brasil. Estamos no momento certo e ajudando a construir essa cultura por aqui. Com os exemplos de empresas como Airbnb, Uber, RelayRides, vimos que é uma tendência forte de negócio. Não apenas os criadores dessas plataformas estão fazendo dinheiro, mas existem pessoas que vivem da renda do aluguel de um cômodo de sua residência, por exemplo. O Consumo colaborativo veio para mudar a economia que conhecemos hoje. Nossa perspectiva, além de lucrar com o modelo de negócio de marketplace, onde ganhamos em cada transação realizada, é tornar a prática do consumo cada vez mais consciente.