Startup pretende pagar pelo tempo que as pessoas perdem no trânsito
Se você mora em uma cidade grande e costuma se deslocar entre longas distâncias, o trânsito de veículos deve fazer parte da sua rotina. Já imaginou se alguém lhe oferecesse dinheiro pelo tempo que você passa em congestionamentos? Não é sonho! A startup Eu Entrego, criada pelo empreendedor João Paulo Camargo, recruta pessoas para entregar encomendas na região em que moram. Com isso, é possível levantar uma renda extra no caminho para o trabalho.
Funciona como um “Uber das entregas”. O usuário solicita o serviço por meio do site ou aplicativo (iOS e Android) e descreve o que é o objeto, qual o tamanho e o peso. Ele também pode enviar uma foto da entrega para facilitar. Em seguida, define o local e a data de retirada do objeto, o prazo e o endereço para onde deve ser levado. Por fim, informa quanto pretende pagar pelo serviço.
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O papel da Eu Entrego é repassar o pedido aos entregadores mais próximos, que podem tanto aceitar, quanto negociar o preço oferecido pelo usuário. Os dois combinam entre eles o valor do serviço, já que não há preço mínimo, e a porcentagem que fica para a startup é fixa: 20% do pagamento. O entregador só aceita as encomendas que valerem a pena para ele e estiverem no seu trajeto.
Com o acordo selado, o usuário pode visualizar a localização do entregador e acompanhar o passo a passo da entrega. O pagamento é feito com cartão de crédito dentro da plataforma, assim como no Uber. Com o serviço finalizado, os dois envolvidos avaliam o desempenho do outro. Avaliações negativas podem culminar numa possível expulsão do denunciado.
O processo de seleção também é rigoroso. Para tornar-se um entregador, é preciso ter ficha limpa, preencher um formulário com documentos e escrever uma redação. Até o comportamento nas redes sociais é analisado. Mas o esforço vale a pena. Os entregadores recebem os lucros uma vez por semana. Segundo Camargo, os mais dedicados faturam R$ 3.000 por mês. Ficou interessado? Ter um automóvel não é pré-requisito. Você pode fazer as entregas a pé, de ônibus, metrô, moto, etc.
Desde janeiro, mais de mil entregas já foram realizadas pelo serviço em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Salvador, e há cerca de 2.000 entregadores e 600 usuários ativos na plataforma. A startup está na fase de crescimento acelerado, quando toda a receita obtida é revertida para o crescimento da base de usuários e para o marketing. A meta é chegar a 3.000 entregas por mês em dezembro.