“Verdade, Benevolência e Tolerância” na USP Leste

Exposição reúne obras de 18 artistas praticantes de "Falun Dafa", doutrina proibida na China

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"Chamado inocente", do artista Xiaoping Chen

A emancipação pessoal é resultado de um esforço individual, subjetivo e de auto-reflexão por parte dos que decidem melhorar a qualidade de vida. Na China, a doutrina Falun Dafa, contida no livro Zhuan Falun, foi proibida. E com ela são censurados conceitos que só agregam benefícios ao corpo e mente do ser humano. O governo de Hu Jintao alega que tais pensamentos vão de encontro à ideologia do país. Ainda assim, a arte resistiu e visita diferentes nações, com a missão de trazer equilíbrio aos muitos povos espalhados pelo globo.

Até 30 de março, a EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP) recebe 22 pinturas que retratam o Falun Dafa, com entrada Catraca Livre. A mostra “Verdade, Benevolência e Tolerância” reúne os trabalhos de 18 artistas que praticam a técnica de meditação e acreditam no poder de transformação das mesmas.

Há 20 anos, a doutrina surgiu como alternativa ao ambiente repleto de limitações impostas pela ditadura chinesa. Os princípios de verdade, benevolência e tolerância foram as ferramentas escolhidas para ajudar a população no desenvolvimento de valores morais. Atualmente, oitenta países reproduzem os ensinamentos como forma de resistência às ameaças políticas. Em 1999, o Partido Comunista Chinês iniciou uma perseguição para exterminar a prática e caçou milhares de chineses.

Por Redação