Arte urbana: o que as crianças podem aprender com ela?
*Do nosso parceiro Portal Aprendiz
A relação de uma criança com o seu entorno tem diversas camadas, e o aprendizado pode ocorrer nas interações e experiências mais corriqueiras, como caminhar pelo bairro ou observar as fachadas dos prédios. E dessa observação da cidade como potencial espaço educados vem uma constatação óbvia: a forte presença da arte urbana nos muros da cidade e, mais especificamente falando, nas escolas e centros de educação infantil. É só pensar em quantas escolas infantis que você conhece cujas fachadas têm alguma manifestação artística.
Diante das polêmicas que tomam conta de São Paulo devido à recente decisão do atual prefeito João Dória de apagar graffitis nas ruas, é importante refletir como a percepção dessas expressões artísticas impactam o aprendizado das crianças.
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Com isso em mente, nosso parceiro Portal Aprendiz, publicou uma entrevista com a educadora Maria Luiza Viana, da Universidade Federal de Minas Gerais, sobre o impacto da arte urbana na percepção de cidade dos pequenos. “Por mais que se sonhe com um mundo em que muros não separem a escola de seu meio e sua comunidade, é possível ver, nos coloridos, o desejo de transcender essa segregação”, defende o texto.
Para Maria Luiza, que trabalhou em dois projetos que relacionam educação e arte urbana – Escola Integrada e Projeto Guernica -, há um rico potencial nas descobertas que se dão quando uma escola se abre. Ela cita o exemplo de uma escola mineira que, ao conversar com vizinhos sobre a pintura dos muros da região, descobriu um artista plástico que lá habitava.
“A arte urbana tem esse potencial ativador de articulações comunitárias que realmente transforma os ambientes. Não é o poder público chegando em um lugar e ‘melhorando’. São os principais envolvidos mudando e rompendo com estigmas de certos espaços”, defende a pesquisadora.
Cidade educadora
A professora defende que a arte urbana tem relação direta com o conceito de cidade educadora, tema que debatemos frenquentemente aqui no Catraquinha. Para ela, ocupar a cidade com as crianças é um ato político e passa pela proposta de praticar no dia a dia atitudes que sejam uma alternativa ao tráfego dos automóveis e ao consumo exacerbado.
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“Na rua, a experiência da arte se dá de maneira diferente se comparada a uma sala de aula ou um ateliê”, aponta a educadora. “Tendo a cidade como objeto de aprendizado você começa a perceber seu entorno, absorvendo elementos que estão ali no ambiente como cor, forma, espaço, luz, matéria de superfície”, complementa.
Leia a entrevista completa aqui.
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