Como escolher o brinquedo ideal para cada faixa etária?
Descubra como usar os brinquedos no aprendizado infantil e transformar a hora da brincadeira em um momento de descobertas e crescimento
As crianças sempre querem ganhar brinquedos de presente, e é possível aproveitar esse fascínio dos pequenos com o lúdico para ajudá-los no desenvolvimento cognitivo infantil e na lapidação das habilidades motoras. Mas você sabe como escolher o brinquedo adequado para cada idade?
O blog Novos Alunos, do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), explica como saber e quais são os recursos mais adequados a cada fase.
Além disso, lembre-se da importância de separar um tempo da sua rotina para brincar com a criança para fortalecer os seus laços com o pequeno, que também é parte essencial do crescimento. Acompanhe a leitura!
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Como escolher o brinquedo ideal para cada fase?
Os brinquedos são fundamentais no crescimento e no amadurecimento de uma criança. No entanto, é preciso ter em mente que essa função vai mudar ao longo do tempo.
Aqui, vale destacar o posicionamento de uma das maiores autoridades quando o assunto é o aprendizado infantil: Maria Montessori. Para a médica e educadora contemporânea de Piaget, brinquedos não podem brincar sozinhos, eles precisam demandar da criança alguma forma de interação para funcionarem. Caso contrário, seu objetivo será completo.
Para Montessori, o sentido do tato funciona como uma porta direta para o cérebro, facilitando a aprendizagem. Portanto, é melhor valorizar brinquedos que demandem o contato das mãos e que engajem seu filho na construção de algo novo, como pecinhas de montar.
A esses instrumentos, Montessori chamava de “recursos multissensoriais”, ou seja, recursos que estimulam múltiplos sentidos. Vamos ver agora que tipos de brinquedos e brincadeiras são mais indicados para estimular a inteligência do seu filho em cada idade. Continue acompanhando!
Recém-nascidos
Nos primeiros meses de vida do bebê, o ideal é oferecer brinquedos que o ajudem a adquirir as habilidades motoras mais básicas. Para isso, móbiles de todo tipo, mordedores e bonecos macios são perfeitos.
Tudo o que puder ser agarrado, apertado e levado à boca poderá ajudar o pequeno a se desenvolver. Isso porque, pouco a pouco, ele perceberá diferentes cores, pesos, sabores e texturas, desenvolvendo a resposta mais adequada a cada uma dessas variações. Mais tarde, ele passará a nomeá-las.
Até dois anos de idade
Essa é a idade certa para começar a entender as relações de causa e efeito. Por isso, brinquedos de encaixar, com portas e compartimentos que abrem e fecham, ou botões de apertar, são excelentes.
Além deles, tapetes para brincar no chão, andadores, carrinhos de empurrar e outros que incentivem o pequeno a se mexer, a sentar-se e a dar os primeiros passos são boas opções também.
Entre dois e cinco anos
Depois de dominar a coordenação motora grossa, chegou a hora de refinar essa habilidade. Brinquedos menores (mas sem peças que possam ser engolidas, certo?), lápis de cor, massinha, pincéis e outros com os quais a criança precisa usar os dedos — e exercer a criatividade — são ideais.
Aqui, já é possível introduzir os primeiros jogos mais complexos e com regras: jogo da memória, quebra-cabeças com peças grandes e dominó, por exemplo, contribuem para o desenvolvimento cognitivo e motor.
A partir dos seis anos
O início da alfabetização e o maior domínio das habilidades motoras e cognitivas amplia bastante o leque de brincadeiras que a criança pode participar.
Nessa fase, os brinquedos devem estimular a prática de atividades físicas (como bicicleta, patins, bolas, jogo de boliche etc.), a socialização (jogos de times ou brinquedos populares na escola, por exemplo) e a criatividade (kits de desenho, fantasias e livros infantis). Quebra-cabeças mais complicados, jogos de tabuleiro e até mesmo videogames também são bem-vindos!
No entanto, saiba observar que tipo de postura os brinquedos estimulam em seu filho. Se a maioria de seus brinquedos o encoraja a adotar uma postura passiva (como assistir televisão, por exemplo), converse com ele sobre isso e incentive-o a buscar fontes de diversão mais ativas.
Como educar seu filho brincando?
Quando os pais demonstram interesse em brincar com suas crianças, criam um momento de aproximação, diálogo e até troca de conhecimentos. Especialmente quando eles já estão na escola e gostam de falar sobre as atividades diárias.
Jogando jogos de tabuleiro em família, assistindo a um filme ou desenho animado juntos, lendo histórias em voz alta ou mesmo nas brincadeiras clássicas em casa, siga estas dicas para tirar o máximo de proveito das atividades:
• combine um horário para começar e acabar a brincadeira, de modo a não atrapalhar a rotina dos pais e nem da criança;
• tenha regras específicas para esse momento, como respeitar o outro, guardar os brinquedos no final, não gritar etc.;
• aproveite para ensinar o pequeno a trabalhar em equipe, lidar com as derrotas, com a competitividade e não trapacear.
Desse jeito, a brincadeira se tornará uma ferramenta de aprendizagem, além de um ótimo motivo para se divertir e passar bons momentos com os amigos e os pais.
Quais cuidados ter ao comprar um brinquedo?
Ao comprar um brinquedo para seu filho, é preciso ter atenção e certos cuidados. Quando eles são inapropriados ou inadequados podem trazer grandes riscos à saúde do pequeno. Pensando nisso, trouxemos algumas recomendações para você seguir na hora da compra! Confira!
Analise a faixa etária
Considerando que as crianças passam por fases distintas de desenvolvimento, é imprescindível que você esteja bem atento à faixa etária recomendada no brinquedo que você está comprando.
É preciso ter em mente que alguns objetos são inadequados para determinadas idades das crianças, podendo colocar sua integridade física em risco. Brinquedos que têm pontas afiadas são um bom exemplo. Além do mais, ao comprar um brinquedo inadequado para a idade do seu filho, você corre o risco de não agradá-lo no momento da brincadeira.
Por essa razão, é importante escolher o brinquedo considerando a idade do filho, justamente devido às diferentes fases das crianças. Veja algumas dicas:
• até 2 anos de idade: prefira livros e blocos de encaixar para despertar a curiosidade;
• entre 2 e 3 anos de idade: escolha brinquedos musicais e quebra-cabeças simples que ajudam na percepção tátil e visual;
• entre 3 e 5 anos de idade: o ideal é priorizar os jogos simples que demandam atenção com os números e as letras;
• dos 5 aos 7 anos de idade: você já pode incluir quebra-cabeças um pouco mais complexos, jogos de memória e os educativos, por exemplo.
Tenha atenção quanto à fiscalização
Ao comprar um brinquedo, a regra número um para proporcionar segurança para o filho é o Selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Todos os brinquedos que são comercializados aqui no país, nacionais ou importados, precisam ter o Selo, afinal, ele é a principal garantia de que o produto é realmente legal e que está de acordo com os requisitos técnicos determinados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
A certificação de brinquedos é obrigatória aqui no país desde 1992. Tal obrigatoriedade tem o objetivo de proporcionar a confiança de um objeto seguro. Lembrando que um brinquedo que não obedece a todas as normas que estabelecem requisitos de segurança pode ter componentes ou tintas tóxicas que contaminem o organismo do pequeno. É importante que o Selo esteja bem visível no objeto.
Analise o material do brinquedo
Alguns aspectos são bem fáceis de serem identificados e acabam evitando que você compre um produto que possa trazer problemas para seus filhos. Não é interessante, por exemplo, escolher objetos que fazem muito barulho, pois podem prejudicar a audição das crianças. Também não é indicado comprar brinquedos com formato ou cheiro que lembram alimentos, porque as crianças podem confundi-los com comida e engoli-los.
O ideal é sempre analisar com atenção as condições dos brinquedos e observar bem as peças do material. Verifique se há partes pequenas, soltas, que podem ser facilmente engolidas, além de falhas no acabamento e cantos pontiagudos. Por razões bem claras, caso seu filho tenha menos de 3 anos de idade, jamais opte pelos brinquedos que são divididos em peças ou partes pequenas.
Procure as instruções de uso
É necessário que o manual do uso do brinquedo seja bem objetivo, claro e com ilustrações. Lembrando que os importados precisam trazer as mesmas informações e elas devem ser traduzidas para o português. Na embalagem, é fundamental que estejam as instruções de como se deve manusear o produto, incluindo avisos sobre possíveis riscos.
Além disso, as condições de garantia e o prazo de validade também devem estar bem explícitos. Atente-se sempre a esses pontos relevantes para tentar escapar dos brinquedos inapropriados ou perigosos para seu filho.
Verifique as possibilidades de criar
Há vários brinquedos infantis que oferecem inúmeras possibilidades para estimular a criatividade dos pequenos. Por isso, o ideal é sempre analisar se existe a capacidade de mudança de cores, de montagem, de fazer novos formatos, de equilíbrio, de treino e de concentração.
Assim, as crianças vão conseguir desenvolver várias habilidades no momento das brincadeiras. Então, faça uma boa análise de todas as oportunidades que os objetos escolhidos podem oferecer.
Prefira os brinquedos educativos
Uma fase de grande aprendizado é, sem dúvida, a infância. Portanto, nada mais interessante do que unir o útil ao agradável e comprar brinquedos educativos, concorda? Desse modo, é possível que os pequenos brinquem e, consequentemente, desenvolvam as suas habilidades.
Além do mais, é possível estimular cada vez mais o ensino, uma vez que as crianças aprendem letras, números, histórias e muito mais. Tais brinquedos auxiliam na interação das crianças, compartilhando experiências que são capazes de contribuir para o desenvolvimento de cada um.
Além de contribuir para o conhecimento de forma lúdica e natural, a maioria dos brinquedos educativos não oferece risco para a segurança dos pequenos. Ou seja, são as opções mais recomendadas para seus filhos.
Tenha atenção ao recall
Afinal, o que é recall? Bom, trata-se de um procedimento de retirada de produtos perigosos do mercado, após a sua comercialização. Existem diversos recalls de brinquedos aqui no Brasil. Então, quando você ficar sabendo de algum, é preciso procurar a empresa para receber o reembolso do valor ou então fazer a troca do produto.
Lembre-se de que o recall só ocorre quando existe um risco, por isso é fundamental não deixar de fazer a troca. É importante deixar claro que o recall é gratuito, sem ter data para acabar. Então, mesmo que a campanha para troca tenha sido feita há muito tempo, o consumidor tem o direito de procurar a empresa para trocar o produto.
Brincar é sempre muito bom, e as crianças precisam disso no dia a dia. No entanto, os pais, responsáveis e também as pessoas que adoram presentear precisam tomar todo o cuidado possível na hora de escolher os brinquedos, já que uma escolha mal feita pode oferecer risco para os pequenos.
Então, como você viu, nem todos os brinquedos são indicados para todas as faixas etárias. Há aqueles que são feitos por marcas que não se preocupam com a saúde e o bem-estar dos clientes. Então, siga as nossas dicas para fugir dessas ciladas e garantir total segurança para as brincadeiras das crianças.
Quer saber mais sobre como escolher brinquedos educativos? Acesse o blog Novos Alunos!
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