Casa de Dona Yayá recebe intervenção em seu solário
Criação da artista Maria Vaz tenta recriar sensação de clausura
Dona Yayá viveu em sua casa a sensação de clausura devido à prisão em que sua mente lhe colocara. A doença mental de Sebastiana de Melo Freire a manteve reclusa como num “hospício privado”. Hoje, o CPC-USP utiliza o espaço para diversas atividades culturais e entre elas estará a exposição Belvedere, em cartaz a partir do dia 29 de abril.
A artista Mariana Vaz, com a colaboração de Mirella Marino e do arquiteto e cenógrafo José Silveira, compôs a intervenção que altera a altura do piso do solário localizado na Casa de Dona Yayá. Deste modo, o cenário assemelhou-se a um belvedere – tipo de construção feita na parte superior de um edifício.
O objetivo da artista é recriar a sensação de confinamento, mas com um diferencial: o visitante terá um novo ângulo de apreciação da casa, do jardim e do bairro. A estrutura remete a uma caverna que aceita a entrada de uma pessoa por vez. Dentro dela, escuridão e um pouco da sensação que acompanhou Yayá até o fim de sua vida.