Como as escolas podem apoiar estudantes LGBTQIA+
No Brasil, com raras exceções, o tema na sala de aula ainda é um tabu
No dia 28 de junho é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade mais aberta e inclusiva.
Em diversas partes do mundo instituições de ensino orientam os estudantes a atuarem como mediadores e educadores da causa LGBTQIA+ dentro e fora das salas de aula. Bem diferente do Brasil, onde, com raras exceções, o tema ainda é um tabu
Independentemente de suas origens, todos devem se sentir acolhidos, seguros e incluídos no ambiente escolar.
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Grande parte da nossa personalidade é desenvolvida na adolescência, através das experiências que temos e das pessoas que conhecemos. Por isso, a escola desempenha um papel fundamental no crescimento dos estudantes como indivíduos, representando um espaço seguro onde possam se expressar e pedir ajuda quando necessário.
Com ajuda do pessoal da Brainly, comunidade de compartilhamento de conhecimento, listamos algumas dicas sobre como as escolas podem apoiar estudantes LGBTQIA+.
Como as escolas podem apoiar estudantes LGBTQIA+
1 -Seja um aliado
Muitas pessoas se sentem sozinhas por serem parte de grupos minoritários. Na luta pela causa LGBTQIA+ professores e colegas podem ser fortes aliados.
As instituições de ensino devem estar atentas às dificuldades que podem surgir em relação a esse tema, e criar um ambiente de confiança para compartilhar sentimentos, tirar dúvidas e fazer perguntas sem nenhum medo.
2 – Crie “espaços seguros”
A criação de “espaços seguros” em áreas comuns e salas de aula permite que os estudantes sintam que a escola é um ambiente amigável e que não tolerará a linguagem anti-LGBTQIA+, assédio ou bullying. Isso pode ser feito através de placas como “LGBTQIA+ são bem-vindos”, por exemplo.
Uma pesquisa da Rede de Educação Gay, Lésbica e Heterossexual (GLSEN) mostrou que a campanha do “espaços seguros” , assim como as políticas antibullying, fazem uma diferença extremamente significativa na percepção dos estudantes LGBTQIA+ de que suas escolas são seguras e que podem confiar em seus professores.
3 – Forme grupos de apoio
Talvez sua escola já tenha grupos relacionados a hobbies ou até mesmo ao ativismo. A AFT (Federação Americana de Professores) destaca que os grupos de apoio nas escolas têm o potencial de moldar o clima escolar, abordar a desigualdade e melhorar o desempenho dos estudantes.
Ter grupos que apoiem estudantes LGBTQIA+ nas instituições de ensino pode ajudar a criar uma rede de suporte e reduzir a discriminação, sempre promovendo a segurança. Eles também podem garantir que as políticas escolares e o currículo sejam mais inclusivos.
4 . Lute contra a homofobia
GLSEN relata que jovens americanos LGBTQIA+ sofrem bullying em taxas expressivamente mais altas do que seus colegas, e as consequências (como o aumento das taxas de suicídio, por exemplo) são devastadoras. Empresas como o Brainly oferecem recursos que podem ser úteis para levar informações e orientações para instituições de ensino, estudantes e familiares.
No ambiente escolar, é possível que estudantes ou professores acabem utilizando palavras ou expressões homofóbicas. Portanto, é imprescindível chamar a atenção para que esse tipo de vocabulário não seja mais aceitável.
Todos na escola podem ajudar nesse processo de mudança. A biblioteca online da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos) oferece vários livros sobre bullying, preconceito e diversidade que podem ser disponibilizados aos estudantes.
5 – Busque informação
Caso queira saber mais, existem várias ferramentas online preparadas por profissionais para ajudar a promover a diversidade e a inclusão. Há também plataformas de e-learning que oferecem cursos com essa finalidade.
Outros meios para buscar informação relevante são as organizações sem fins lucrativos, especialmente as locais. Elas podem fornecer soluções educacionais, aconselhamento, orientações sobre seu trabalho e contribuir imensamente para o desenvolvimento de novas práticas mais inclusivas.