Erro na correção do Enem: estudantes temem perder vagas nas federais
A UNE (União Nacional dos Estudantes) está recolhendo casos de estudantes prejudicados e entrou com pedido de ação civil pública por danos morais no MPF
Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitir que houve “inconsistências na correção das provas” do Enem 2019, muito estudantes que realizaram o exame e tiveram notas baixas estão preocupados em não conseguir a tão sonhada vaga em uma universidade federal.
Para tranquilizar todos os participantes que ficaram com dúvidas em relação à nota, o MEC (Ministério da Educação) chegou a disponibilizar um canal de comunicação que receberia mensagens até as 10h desta segunda-feira, 20.
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Segundo o ministro, tudo estaria resolvido até este mesmo dia. Ainda no domingo, 19, ele reforçou que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira), responsável pelo Enem, seguia apurando os erros e descartou que qualquer candidato possa ser prejudicado. A revisão será feita nos dois dias de aplicação do exame.
“A equipe do Inep continua trabalhando na apuração das inconsistências nas notas individuais do Enem 2019. Reafirmo: nenhum candidato será prejudicado! A abertura do Sisu [sistema de seleção que usa a nota do Enem como critério de acesso às universidades públicas de todo o país] será na terça, dia 21”, disse Weintraub.
De acordo com a reportagem do G1, até a manhã do último sábado, 18, o MEC e o Inep não sabiam informar quantas pessoas poderiam ter sido afetadas, porém admitiram o erro em ao menos quatro provas de Viçosa (MG). Falhas em outros estados não foram descartadas.
Segundo depoimento de Weintraub, o erro atingiu “alguma coisa como 0,1%” dos candidatos que prestaram o exame (o equivalente a 3,9 mil candidatos). Já Alexandre Lopes, presidente do Inep, diz que o erro poderia ter afetado “até” 1% dos participantes, ou seja, 39 mil pessoas. Depois voltou atrás e afirmou que o número “não chega a 9 mil”.
Participantes relatam casos pelo Twitter
Os relatos de erros nas notas do Enem começaram a pipocar nas redes sociais logo depois que os resultados individuais foram divulgados, na sexta-feira, 17.
https://twitter.com/livfialho/status/1218335016729698305
Diante disso, desde domingo a UNE (União Nacional dos Estudantes) está recolhendo casos de estudantes prejudicados para denunciar à Justiça. “Se não houver correção de todas as provas ainda hoje [20] vamos nos mobilizar e vamos à justiça pedir adiamento do Sisu, publicou entidade no Twitter. A UNE afirmou que ingressou no Ministério Público Fiscal com um pedido de ação civil pública por danos morais.