Escola britânica aposta em ioga para acolher crianças com autismo
Para crianças do espectro autista, comunicar o que estão sentindo pode se tornar uma missão dolorida e estressante. Por isso, é comum que externem suas emoções de forma expansiva e muitas vezes agressiva.
Pensando em meios de canalizar essa energia de uma forma saudável, uma escola do norte de Londres, na Inglaterra, investiu em uma prática simples: ensinar ioga para os alunos e tentar assim reduzir suas crises nervosas.
Em uma publicação sobre a abordagem, a BBC compartilha como a iniciativa tem surtido reações positivas nas crianças. No vídeo sobre o projeto, as crianças dão depoimentos de como têm se sentido depois que começaram a praticar, e o resultado impressiona pela forma como eles transmitem tranquilidade e segurança para se expressar.
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“Me preocupo com tudo. Não muito; é só uma pequena preocupação. A ioga leva as preocupações embora”, diz o pequeno Dominic, de dez anos.
É sabido que o transtorno sensorial que configura o autismo – maior ou menor, a depender da gradação – dificulta que as crianças se sintam confortáveis em ambientes de muita luz, com muito barulho ou muita informação visual. Praticar ioga, em um espaço silencioso e de encontro consigo mesmo, é uma forma de minimizar os efeitos desse excesso de estímulos.
“Gosto de fazer ioga porque me deixa confortável, calma, focada e relaxada”, explica Ilhaan, de dez anos, à BBC.
Em entrevista ao veículo, a coordenação da escola explica que a prática trouxe benefícios visíveis para diminuir a ocorrência de acessos de agressividade nas crianças, e acrescenta ainda que a ioga ajuda os alunos a se expressar melhor.
A iniciativa reforça a importância do envolvimento de toda a comunidade escolar para a efetivação de ações inclusivas. Vale lembrar, no entanto, que o autismo é um transtorno de variedade muito ampla, e que os resultados de abordagens como essa podem variar muito de uma criança para outra. Portanto, cabe observar cada pequeno de forma individualizada, a fim de perceber quais são suas principais dificuldades de interação e socialização.
Clique aqui para assistir ao vídeo da experiência.
*Com informações de BBC Brasil
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