Professor diz em aula que ‘se estupro é inevitável e iminente, relaxe e aproveite’
Docente reconheceu o erro, mas afirmou que o fragmento foi descontextualizado da aula
Um professor universitário afirmou em uma aula on-line que “se estupro é inevitável e iminente, relaxe e aproveite”. Após o comentário ser divulgado nas redes sociais, o docente foi demitido.
A aula era da disciplina de ergonomia, ministrada a uma turma do quinto período do curso de engenharia da produção da Uniguaçu Centro Universitário, de União da Vitória, no Paraná.
O tema abordava empresas que precisam desligar funcionários que não acompanham modernizações de processos e a novas tecnologias.
“É algo, meu amigo, que você tem que se adaptar. Desculpe, meninas, sei que é chulo o que eu vou dizer, mas é aquele ditado: se o estupro é inevitável e iminente, relaxe e aproveite”, disse em aula.
Em nota, a universidade lamentou o ocorrido na aula, pediu desculpas aos estudantes e informou que desligou o docente da instituição.
O professor também foi demitido de outra instituição, o Centro Universitário Campo Real, de Guarapuava (PR), na qual lecionava.
Como agir em caso de estupro
Se você for vítima de estupro ou estiver auxiliando uma pessoa que tenha sido estuprada, os passos a serem seguidos são um pouco diferentes das dicas gerais fornecidas anteriormente.
É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento).
Uma pessoa que tenha passado por esta situação normalmente encontra-se bastante fragilizada, contudo, há casos em que a vítima só se apercebe do ocorrido algum tempo depois. Em ambos os casos, é muito importante que a vítima tenha apoio de alguém quando for denunciar o ocorrido às autoridades, pois relatar os fatos costuma ser um momento doloroso. Infelizmente, apesar da fragilidade da vítima é importante que ocorra a denúncia para que as autoridades possam tomar conhecimento do ocorrido e agir para a responsabilização do agressor.
Antes da reforma do Código Penal em setembro de 2018, alguns casos de estupro só podiam ser denunciados pela própria vítima. Isso mudou, o que significa que se outra pessoa denunciar um estupro e tiver provas, o Ministério Público poderá processar o caso mesmo que o denunciante não tenha sido a própria vítima.