Filha de Constantino diz que ficou ‘abalada’ com fala do pai sobre estupro

Comentarista foi demitido da Rádio Jovem Pan após fazer uma comparação machista e absurda com o caso da Mari Ferrer, que ganhou visibilidade nacional

A filha do jornalista Rodrigo Constantino, demitido da rádio Jovem Pan nesta quarta-feira, 4, após dar opiniões esdrúxulas sobre o caso de estupro que envolve a influencer Mari Ferrer, se manifestou sobre as falas do pai e disse estar “abalada”. O comentarista afirmou que se a filha chegasse em casa após uma festa e dissesse a ele que havia sido estuprada, ele daria uma bronca nela.

“Se minha filha chegar em casa e falar: ‘Pai, fui a uma festinha e fui estuprada’. Eu: ‘Me dá as circunstâncias’. ‘Ah, fui para uma festinha, eu e três amigas, tinham 18 homens, nós bebemos muito, estava ficando com dois caras, acabei dormindo lá e eu fui abusada’. Ela vai ficar de castigo feio, e eu não vou denunciar um cara desse para a polícia”, disse Constantino, que chamou feministas de “recalcadas, ressentidas, normalmente ‘mocreias’, vadias, odeiam homens, odeiam união estável, casamento, odeiam tudo isso”.

Em seu perfil no Instagram, que é fechado para quem não a segue, Laura postou uma série de stories sobre a fala de Rodrigo Constantino que a envolvia. Ela chegou a tentar defender o pai, mas admitiu que ficou “muito abalada” com a declaração sobre estupro.

Filha de Constantino, demitido da Jovem Pan por falas esdrúxulas sobre estupro, diz estar abalada
Créditos: reprodução
Filha de Constantino, demitido da Jovem Pan por falas esdrúxulas sobre estupro, diz estar abalada

“Eu não gosto de me envolver em polêmica, mas eu recebi muitas mensagens hoje de amigos e pessoas que não conheço falando sobre o que aconteceu em relação ao meu pai, e realmente me deixou muito abalada”, iniciou a filha de Constantino.

“Ele falou que se a filha dele, que sou eu, fosse estuprada, não iria denunciar o crime, que ele iria me colocar de castigo. Isso me afetou muito, porque eu conheço o meu pai, sei que é uma pessoa que tem caráter, que é contra o estupro, como qualquer pessoa que tem caráter é. Eu ter que ler uma coisa dessas mexeu muito comigo, porque eu tenho certeza que se alguma coisa, Deus me livre, acontecer comigo, meu pai seria a primeira pessoa que iria ficar do meu lado, iria atrás de quem cometeu esse crime, denunciaria essa pessoa, porque qualquer pessoa, qualquer pai que tem caráter iria fazer isso, uma pessoa boa iria fazer isso”, prosseguiu a filha do ex-comentarista da Jovem Pan.

“Ter que ler uma coisa assim do meu pai realmente me abalou muito. Sei que muita gente que estava nesse vídeo não concorda com o que ele fala e não gosta dele, mas é que realmente eu tenho certeza que se alguma coisa acontecesse ele iria ficar do meu lado. Eu só precisava falar isso, porque ter que ler tanta gente falando que eu tenho um pai que é a favor do estupro e coisas assim não tem como, porque eu sei que ele não é isso”, complementou.

Saiba mais sobre o caso Mari Ferrer aqui.

Como denunciar estupro e assédio sexual?

O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você vista, de que modo você dance ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.